PCP/Açores insiste no aumento dos acréscimos regionais ao salário mínimo e pensões

O PCP/Açores vai insistir em medidas que “vão ao encontro dos interesses dos açorianos”, como o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional e do complemento regional de pensões, anunciou hoje o partido


Autor: LUSA/AO online

O partido quer ver o complemento regional ao salário mínimo nacional passar de 5% para 7,5% e defende, também, o aumento do complemento regional de pensões, a redução da taxa mais alta do IVA e a manutenção no setor público de empresas como a SATA e a conserveira Santa Catarina.

Em comunicado enviado hoje, a direção regional do PCP afirma que “é necessário fazer mais e continuar a reivindicar as propostas que foram rejeitadas, que vão ao encontro dos interesses dos açorianos e de um crescimento harmonioso das nove parcelas da região”.

Os comunistas destacam que “as últimas estatísticas oficiais comprovam que crescem as desigualdades entre ricos e pobres nos Açores, num contexto em que as taxas de risco de pobreza” da região “são as maiores do país”.

Na nota são referidos vários indicadores em que os Açores são a pior região do país, como o rácio de desigualdade de rendimentos, que nos Açores é de 7,3%, face a uma média nacional de 5,2%, a taxa de privação material severa, em que a região regista 13,3%, em relação a uma média nacional de 5,6%, ou a taxa de risco de pobreza, que é 31,8% no arquipélago, “quase o dobro da média nacional de 17,2%”.

“O PCP/Açores reafirma a importância fundamental do aumento dos salários para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias, para o crescimento económico do país e, em particular, dos Açores”.

Nesse sentido, o partido reafirma “a necessidade, o compromisso e a prioridade de intervir política e institucionalmente sobre as questões do trabalho com direitos, do combate à precariedade laboral, do combate à pobreza e à exclusão social, da valorização salarial, dos rendimentos das famílias, dos complementos regionais da coesão, de justiça e desagravamento fiscal, de dinamização do mercado interno, da fiscalidade e dos serviços públicos de qualidade”.