PCP/Açores insiste no aumento dos acréscimos regionais ao salário mínimo e pensões

9 de jul. de 2020, 11:46 — LUSA/AO online

O partido quer ver o complemento regional ao salário mínimo nacional passar de 5% para 7,5% e defende, também, o aumento do complemento regional de pensões, a redução da taxa mais alta do IVA e a manutenção no setor público de empresas como a SATA e a conserveira Santa Catarina.Em comunicado enviado hoje, a direção regional do PCP afirma que “é necessário fazer mais e continuar a reivindicar as propostas que foram rejeitadas, que vão ao encontro dos interesses dos açorianos e de um crescimento harmonioso das nove parcelas da região”.Os comunistas destacam que “as últimas estatísticas oficiais comprovam que crescem as desigualdades entre ricos e pobres nos Açores, num contexto em que as taxas de risco de pobreza” da região “são as maiores do país”.Na nota são referidos vários indicadores em que os Açores são a pior região do país, como o rácio de desigualdade de rendimentos, que nos Açores é de 7,3%, face a uma média nacional de 5,2%, a taxa de privação material severa, em que a região regista 13,3%, em relação a uma média nacional de 5,6%, ou a taxa de risco de pobreza, que é 31,8% no arquipélago, “quase o dobro da média nacional de 17,2%”.“O PCP/Açores reafirma a importância fundamental do aumento dos salários para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores e das suas famílias, para o crescimento económico do país e, em particular, dos Açores”.Nesse sentido, o partido reafirma “a necessidade, o compromisso e a prioridade de intervir política e institucionalmente sobre as questões do trabalho com direitos, do combate à precariedade laboral, do combate à pobreza e à exclusão social, da valorização salarial, dos rendimentos das famílias, dos complementos regionais da coesão, de justiça e desagravamento fiscal, de dinamização do mercado interno, da fiscalidade e dos serviços públicos de qualidade”.