PCP/Açores diz que açorianos vão pagar SATA durante “muitos anos”
Hoje 09:22
— Lusa/AO Online
Numa
reação ao Plano e Orçamento dos Açores para 2026, o PCP regional disse
que os documentos mantêm “a obsessão de privatizar tudo o que for
possível, escondendo as consequências que isso terá na vida dos
açorianos”.“No que respeita à SATA, se o
plano avançar nos moldes em que foi anunciado, os açorianos irão pagar
durante muitos anos a dívida da SATA e terão menos mobilidade”, frisou o
partido num comunicado.De acordo com os
comunistas, o adiamento agora solicitado de privatização da Azores
Airlines “poderia e deveria ser aproveitado para negociar de forma séria
e verdadeiramente empenhada com a União Europeia", no sentido de
"proteger a SATA, esclarecendo a unicidade da sua função enquanto
companhia aérea de uma região ultraperiférica”.Na
nota de imprensa, o PCP/Açores referiu que, com este Plano e Orçamento,
o Governo Regional deu “continuidade à política de direita que falha
nas respostas às necessidades dos açorianos e que persiste no aumento
das desigualdades sociais”.“O Governo [dos
Açores] optou por um enunciado de intenções que dificilmente se
concretizarão, como é o caso do PRR, pretendendo realizar em seis meses
aquilo que não fizeram nos últimos anos, seja na habitação ou noutras
áreas”, afirma-se.Segundo os comunistas,
“mantém-se uma política de baixos salários e de pensões insuficientes,
assim como o drama da precariedade laboral, que condiciona em particular
o futuro dos jovens trabalhadores e, em consequência, o da região”.O
PCP/Açores considera que “as respostas insuficientes das funções
sociais do Estado e da região em áreas como a saúde, a educação e, na
prática, quase todos os domínios da administração pública, devido à
falta de meios dos diversos serviços, contribuem para agravar estas
dificuldades”.“É um Plano e Orçamento que
desvaloriza o setor produtivo, cortando apoios e pagando-os tarde e a
más horas, seja na agricultura ou nas pescas”, acrescentou.Para
os comunistas, a realidade “demonstra que a concretização deste Plano e
Orçamento só é possível graças à convergência do Chega e à passividade
do PS”.