PCP/Açores denuncia “discriminação” entre trabalhadores do setor público empresarial
20 de nov. de 2017, 19:04
— Lusa/AO online
"O primeiro [problema deste setor] tem a ver com a contratação
coletiva. Nós apercebemo-nos, a partir do caso da Eletricidade dos
Açores), que existem empresas do grupo com acordo de empresa e outras
sem acordo”, exemplificou Vítor Silva, considerando existir “uma
discriminação entre os trabalhadores dentro do mesmo grupo” que tem de
ser corrigida.O
coordenador do PCP/Açores falava aos jornalistas após uma reunião com o
Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI), ocasião onde
apontou "três graves problemas" no setor público empresarial regional.Para
Vítor Silva, o Governo Regional dá, também, um “mau exemplo” na
“qualificação e formação profissional dos trabalhadores, quer do setor
público empresarial regional, quer da própria administração pública
regional"."Se
queremos ter trabalhadores produtivos, se queremos ter trabalhadores
competitivos temos de dar os meios, os instrumentos, a qualificação e a
informação para que esses trabalhadores o possam ser”, defendeu.O
dirigente comunista destacou, também, “a precariedade laboral na
região", considerando que os Açores têm "a taxa mais elevada de
precariedade laboral do país" que não exclui "a administração pública
regional".Segundo
Vítor Silva, estes trabalhadores não têm culpa "da gestão ruinosa"
nalgumas empresas "com a capa e cobertura do Governo Regional"."Os
sucessivos governos regionais têm tomado por opção a política de
privatização e de concessão da administração destas empresas, o que nós
consideramos também um erro”, notou, afiançando que o partido quer “a
consolidação, o fortalecimento e a modernização do setor público
empresarial regional, bem como da administração pública regional".O
líder do PCP/Açores garantiu ainda que o partido vai continuar a
“combater um grave problema nos Açores”, a “saída de açorianos da região
para irem procurar melhores condições de trabalho e de vida”.O
coordenador do SIESI/Açores, Rui Medeiros, referiu que as propostas de
Plano e Orçamento da região para 2018 não permitem “o aumento de
despesas com pessoal nas empresas públicas", pelo que, mais uma vez, os
trabalhadores da elétrica açoriana vão sentir-se prejudicados.