O candidato, natural da Povoação, disse à Lusa que a auditoria “tem um objetivo muito claro”, que é “garantir total transparência na gestão dos recursos públicos" e "perceber exatamente a situação financeira da Câmara”.

“Só conhecendo com rigor o ponto de partida poderemos planear de forma responsável, definir prioridades certas e aplicar o dinheiro público onde faz realmente falta — ao serviço das pessoas e do desenvolvimento do concelho”, afirmou o candidato.

Paulo Sousa disse pretender que “cada euro gasto pela Câmara seja um investimento no futuro da Povoação”.

As prioridades para o concelho passam por “responder às necessidades concretas das pessoas”, criando, por exemplo, um gabinete de apoio ao idoso, com uma linha de contacto direto, para “apoiar em situações de mobilidade a consultas, compras e outras necessidades do dia-a-dia".

O candidato quer, por outro lado, incentivar os jovens “na criação dos seus próprios negócios”, motivando-os a trabalhar e investir no concelho.

Na habitação, pretende-se adquirir terrenos para a construção a custos controlados, “sobretudo para jovens casais que trabalhem no concelho", aproveitando "todos os apoios de financiamento disponíveis”.

Paulo Sousa propõe-se na lavoura melhorar os caminhos agrícolas, garantir acessibilidades, resolver questões de licenciamento, apoiar projetos e criar uma fossa/nitreira comum para gestão do excesso de esterco, acessível a todos os agricultores.

O candidato pretende no setor das pescas apoiar os pescadores, com destaque para a criação de “melhores condições no porto de pescas da Ribeira Quente”.

Paulo Sousa quer no capítulo do turismo “resolver os problemas de estacionamento, em especial na freguesia de Furnas, bem como “valorizar e manter em boas condições a rede de trilhos” e “apoiar povoacenses que queiram investir em empresas de turismo para dinamizar a economia local”.

“O que me motiva é querer que a Povoação volte a ser mais do que apenas ‘o concelho mais lindo’, que seja também um território de oportunidades, com melhores condições para viver, trabalhar e investir”, afirmou.

Paulo Sousa disse que traz uma “perspetiva diferente” com a sua candidatura, apresentando-se como “alguém que conhece de perto o valor do trabalho, as dificuldades e os sacrifícios que tantas famílias do concelho enfrentam diariamente”.

O candidato do Chega, de 48 anos, vai enfrentar em 12 de outubro o social-democrata Francisco Gaspar e o atual presidente da Câmara Municipal da Povoação, o socialista Pedro Melo, que se recandidata.

Nas autárquicas de 2021, o PS venceu com 65,3% dos votos expressos, assegurando quatro mandatos no executivo municipal, contra um do PSD (31,6%), tendo ainda apresentado candidatos o PCP (0,66%) e o Chega (0,30%).