Paulo Pereira quer começar com o pé direito no Mundial de andebol
11 de jan. de 2021, 16:26
— Lusa/AO Online
Paulo Pereira
reconhece que após o sexto lugar no Europeu de 2020, as expectativas
“estão elevadas” no regresso a uma fase final de um Mundial, 18 anos
depois, em que, integrado no Grupo F, Portugal terá Islândia, Marrocos e
Argélia como adversários. O selecionador
reconhece que há um estatuto a defender pela seleção portuguesa e tem
plena confiança na ambição do competitivo grupo de trabalho, “composto
por guerreiros”, que têm capacidade para se transcender, superar os
desafios passo a passo e avançar. “Não
podemos depender de um determinado jogador, ou de um treinador ou de um
sistema de jogo. Temos que ter várias hipóteses e colocar em jogo todas
as nossas armas sem depender de nenhuma em particular”, explicou o
selecionador.No tira-teimas com a
Islândia, depois de na última semana as seleções se terem defrontado por
duas vezes no apuramento para o Europeu de 2022, Paulo Pereira espera
repetir o triunfo alcançado em Matosinhos (26-24) e evitar os erros que
ditaram a derrota em Reiquiavique (32-23).“Foi
um dia mau. Não conseguimos concretizar algumas ações ofensivas. A
Islândia foi melhor do que nós. Não ficamos nada contentes com a
derrota, porque fomos lá para ganhar. Se calhar, deixámo-nos seduzir
pelo bom jogo em casa e pelos primeiros 25 minutos lá”, referiu.A
derrota com a Islândia não compromete o apuramento para o Europeu de
2022, dado que Portugal lidera o Grupo 4, com seis pontos em quatro
jogos, e depende de um triunfo para garantir a presença na fase final, a
decorrer na Hungria e na Eslováquia. Apesar
de a Islândia ser o principal adversário de Portugal no grupo F do
Mundial, o selecionador alerta também para a Argélia, que “é uma seleção
forte, com jogadores que jogam em França, com cultura de andebol”, e
para Marrocos, equipa caracterizada por apresentar habitualmente
“defesas profundas”. “Temos que jogar
bem, para ganhar à Argélia e não sermos surpreendidos. Toda a gente
trabalha para progredir e temos que encarar estes jogos com
responsabilidade”, referiu Paulo Pereira em conferência de imprensa,
realizada em trânsito para o Cairo, a partir do aeroporto de Copenhaga,
na Dinamarca. A nova realidade ditada pela
pandemia de covid-19 leva a que o Mundial de 2021 seja disputado sem a
presença de público, situação que Paulo Pereira considerou “uma
tristeza” necessária, “para que todos possam estar protegidos”.“Na
Islândia fomos testados três vezes em quatro dias. No Egito vamos ser
testados dia sim, dia não. Para além do processo, que é algo
desagradável, há ainda o ‘stress’ de aguardar para se saber se o
resultado é negativo”, disse o selecionador.Ainda
de acordo com o selecionador, que confidenciou, sem pormenorizar, ter
havido “um susto” nos dias iniciais na Islândia, “todos os convocados
estão negativos, à partida para o Egito, e o técnico espera que “cheguem
ao Cairo também negativos”.“Quem lidar
melhor com todas estas situações vai ter condições para render mais”,
referiu Paulo Pereira, acrescentando que “a única coisa que pode trazer
alguma felicidade é ganhar”.