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Legislativas
Paulo Moniz quer rádio e televisão nos Açores com modelo autónomo

Candidato da Coligação defendeu que a rádio e televisão públicas nos Açores deveriam ter um modelo de sociedade anónima


Autor: Rui Jorge Cabral

O cabeça-de-lista da Coligação PSD/CDS/PPM pelos Açores nas eleições para a Assembleia da República do próximo dia 18 de maio, Paulo Moniz, defendeu “um modelo de funcionamento autónomo para a RTP e RDP regionais, com gestão enquanto SA - sociedade anónima”.

Citado em nota de imprensa, Paulo Moniz afirmou que “nós defendemos uma gestão em que a RTP/Açores seja uma SA - sociedade anónima, com um Conselho Próprio, um Conselho Geral Independente, um Conselho de Opinião próprio, com um provedor do ouvinte e do telespectador açoriano”.

O candidato social-democrata nas próximas eleições legislativas nacionais falava aos jornalistas no final de uma reunião com a direção do Centro Regional dos Açores da RTP e RDP, acrescentando que “só assim se concretizará o princípio da subsidiariedade que subsiste no nosso regime autonómico”. Com este encontro, Paulo Moniz marcou o arranque da campanha eleitoral para as Legislativas de 2025, tendo sido acompanhado pela candidata Maria Inês Gouveia.

Na ocasião, Paulo Moniz afirmou igualmente que “iniciamos a primeira ação de campanha eleitoral pela RTP Açores, também para enfatizar a importância fundamental que a RTP e a RDP Açores têm no quadro da nossa autonomia”. Isto porque e para Paulo Moniz, “a RTP é um pilar da identidade açoriana e cumpre uma missão muito importante e difícil, que é unir todas as ilhas, unir todos os açorianos, os que residem nos Açores e os que estão na diáspora”.

No entender do candidato da Coligação PSD/CDS/PPM pelos Açores à Assembleia da República, a televisão açoriana “constitui uma função que é absolutamente estrutural e importante na afirmação enquanto açorianos”.

Contudo e citado em nota de imprensa, Paulo Moniz não deixou de alertar que “o cumprimento desta missão só é possível se a RTP/Açores estiver dotada de meios e de um modelo de funcionamento que seja compatível com o nosso regime económico”.

Até porque, “não faz sentido, passados 50 anos, termos um modelo que não é autónomo”, afirmou.

Paulo Moniz lembrou ainda que perante um mundo de “notícias falsas e da desinformação” é importante “que a RTP seja um órgão de comunicação social que, por razões deontológicas, de formação, de obrigação, seja o repositório da verdade nas notícias, de isenção e de combate às notícias falsas”.

Além disso, Paulo Moniz defende igualmente o papel da rádio e televisão públicas “na adequação e resposta em casos de crise e de catástrofe”, sendo este “um dos papéis mais importantes que as nossas populações podem beneficiar, como a história tem vindo a demonstrar”.

Por fim, lembrou que o Governo de Luís Montenegro “tem um compromisso com a comunicação social nos Açores, em geral e tem um compromisso com a RTP, quando a oposição quis retirar meios”.