Paulo Moniz quer documentos do concurso público para transporte aéreo entre continente e Açores
26 de set. de 2023, 16:46
— Lusa
Num
requerimento enviado à Assembleia da República, o parlamentar
social-democrata solicita ao ministro das Infraestruturas os documentos
do concurso público internacional para as obrigações de serviço público
(OSP) de transporte aéreo do continente para as ilhas de Santa Maria,
Pico e Faial, considerando que “a República falhou redondamente o avanço
do processo ainda em 2023”.Paulo Moniz
quer “toda a documentação enviada para as instituições e instâncias
europeias sobre o processo do lançamento do concurso, assim como do
caderno de encargos de suporte ao mesmo", bem como "saber a data de
publicação do respetivo anúncio no jornal das comunidades”.Segundo
o deputado, o atraso no lançamento do concurso é, “nesta altura do ano,
irrecuperável” porque já não é possível “concluir o concurso público
internacional para estas prestações de serviço e executar os cerca de 10
milhões de euros de verbas inscritas no Orçamento do Estado para 2023”.“Trata-se
de uma situação inaceitável, uma vez que se criou um estrangulamento
financeiro, e uma realidade que obriga o Governo Regional a suportar
aqueles encargos, numa altura em que a Azores Airlines cumpre um plano
de reestruturação e recuperação aprovado por Bruxelas”, afirma o
deputado.Para o social-democrata, aquela
operadora aérea “não deve nem pode” continuar a prestar aquele serviço
“sem ser ressarcida pelo mesmo, estando impedida de receber ajudas de
Estado”.O deputado critica “não ter sido
dado a conhecer ao Governo dos Açores o caderno de encargos do concurso
das OSP” daquelas ligações aéreas.Em 29 de
maio, no Dia dos Açores, o presidente do Governo Regional, José Manuel
Bolieiro, exigiu que o Estado “cumpra com as suas obrigações” e criticou
o atraso no lançamento do concurso.Já em
21 de junho, o Governo dos Açores disse continuar sem conhecer o caderno
de encargos do concurso das obrigações de serviço público nas ligações
aéreas entre o continente e o arquipélago, a ser lançado pela República,
embora tenha apresentado várias exigências.O
executivo açoriano também reivindicou, em abril, um ajuste direto para
suportar os encargos com os voos abrangidos pelas obrigações de serviço
público enquanto o novo concurso público não for lançado.