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Paulo Moniz defende que os Açores devem ser parte decisiva de um novo Acordo

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República, Paulo Moniz, considerou que os Açores devem ser parte integrante das decisões a tomar na construção de um novo Acordo de Cooperação e Defesa para a Base das Lajes.


Autor: Susete Rodrigues/AO Online

Intervindo na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, onde questionou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, o deputado realçou que o Acordo da Base das Lajes “já data de 1995”, considerando-o “descontextualizado das dinâmicas geoestratégicas e geopolíticas associadas aos Açores”, disse, citado em comunicado.

Para Paulo Moniz “a Região tem o privilégio constitucional de fazer parte e de participar nas negociações internacionais, cujas decisões têm influências no seu território, assim como os proveitos que podem encerrar”. “Mas a verdade é que Açores se sentem seriamente prejudicados na relação entre Portugal e os Estados Unidos”, no que respeita ao Acordo da Base das Lajes, estando “na altura tempo de levar a cabo uma nova realidade, suportada no verdadeiro interesse entre as partes, e olhando para o atual valor estratégico da Base das Lajes”, defendeu.
 
“Existe um novo contexto internacional, e está na hora de rever o Acordo da Base das Lajes, tendo os Açores uma palavra a dizer”, reforçou Paulo Moniz.
 
O parlamentar lembrou ainda que Augusto Santos Silva “está em falta com a entrega aos deputados dos relatórios das Reuniões Bilaterais, que são momentos de grande importância para toda esta discussão, e que de há um ano a esta parte, não recebemos, conforme foi prometido”.
 
Sobre a contaminação dos solos e aquíferos na Ilha Terceira, uma temática “que corre desde 2008, mas que não tem sido endereçada como devia”, o deputado salientou que “não existem estudos continuados e consistentes sobre a monitorização dos fatores de risco para a saúde pública”.
 
Paulo Moniz apontou a necessidade de ser feito “um plano de proteção para a saúde pública”, e de se serem tidas em linha de conta “as indemnizações pelos danos ambientais da contaminação, que atualmente ainda acontecem, quer do ponto de vista da saúde como económico, quer pela sua projeção no tempo”.