Paulo Estêvão preside à comissão de reforma do regimento da Assembleia dos Açores
17 de jun. de 2021, 11:48
— Lusa/AO Online
"Esta comissão é muito
importante. Há vários anos que estamos a tentar alterar o regimento",
sublinhou o deputado monárquico, à saída da reunião, na sede do
parlamento, na Horta.O responsável
recordou que, quando o atual regimento foi elaborado, o parlamento dos
Açores contava com a presença de deputados de apenas três partidos (PS,
PSD e CDS), e que atualmente existem oito forças políticas com assento
parlamentar (PS, PSD, CDS, Chega, PPM, BE, IL e PAN).Para
o deputado, é necessário rever o regimento da Assembleia para adaptá-lo
à nova realidade, redistribuindo os tempos dos debates e procurando
consensualizar as propostas que alguns partidos já apresentaram na
anterior legislatura, altura em que foi criado um grupo de trabalho para
rever o regimento.Esse trabalho esse que não concluído, na ocasião, por alegada falta de consenso."Vamos
tentar consensualizar todas estas propostas que já existem, até porque
esta revisão do regimento tem de ser feita com os votos favoráveis de,
pelo menos, 2/3 dos deputados", disse Paulo Estêvão.De
acordo com o deputado, esta comissão eventual tem agora um prazo de
seis meses para apresentar uma proposta final no plenário.Em
2017, no início da anterior legislatura, o PS, que na altura tinha
maioria absoluta na região, tentou rever o regimento, no sentido de
reduzir os tempos dos debates parlamentares, proposta contestada pela
oposição, que acusava os socialistas de pretenderem "silenciar" os
partidos mais pequenos.A conferência de
líderes parlamentar acabou por decidir, na ocasião, não aplicar a
proposta do PS e criar um grupo de trabalho, por proposta do PSD, com
representantes de todos os partidos com assento parlamentar, para
avançar com uma proposta de revisão das regras de funcionamento do órgão
máximo da autonomia regional, o que nunca chegou a concretizar-se.Além
de Paulo Estêvão (presidente), a mesa da Comissão Eventual para a
Reforma do Regimento é composta pelo deputado do PSD, António Vasco
Viveiros (relator), e pela deputada do PS, Andreia Cardoso (secretária).