Autor: Lusa
“É um momento muito triste. Os meus sentimentos à família e à família ‘portista’. Apanhou-nos de surpresa, era impossível não gostar dele. Grande capitão de equipa no FC Porto e passou muitos anos na seleção. É um momento difícil para toda a gente, sobretudo para quem tenha partilhado um minuto com ele no relvado”, afirmou.
O antigo goleador nacional destacou o espírito de liderança de Jorge Costa, dentro e fora de campo.
“Era um verdadeiro e grande capitão. Era um líder, impondo um respeito natural. Tive a sorte de o ter ao meu lado e também de jogar contra ele. Morria pelo FC Porto e pela seleção nacional”, sublinhou.
Pauleta recordou, com humor, um episódio vivido com o antigo central durante o Mundial da Coreia, em 2002: “Ele estava a jogar às cartas com outros jogadores, eu meti-me atrás dele a fazer palhaçadas e ele quase me bateu, levava aqueles jogos muito a sério”.
“Dentro do campo todos o conhecem, fora era uma pessoa formidável, sempre bem-disposto e com aquele sorriso tão próprio. Tinha muito para dar ao futebol português”, acrescentou.
O antigo avançado açoriano lembrou ainda que Jorge Costa “ganhou tudo o que havia para ganhar no FC Porto” e frisou que o agora falecido dirigente “estava feliz por ter voltado ao clube do coração”.
“Eu era um grande amigo do Jorge. Costumamos falar bem das pessoas quando morrem, mas neste caso é inteiramente justo. O Jorge podia ser o que quisesse no futebol. Foi um grande jogador, um grande treinador e ia fazer grandes coisas como dirigente. Tenho a certeza que ia ter muito sucesso. Que descanse em paz”, rematou.