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Cultura
Património histórico português salvaguardado
O Governo aprovou uma resolução em que o Estado Português assume o objectivo de executar a prazo um plano global para a recuperação do património histórico português espalhado pelo mundo.

Autor: Lusa/AO online
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o titular da pasta da Cultura, Pinto Ribeiro, afirmou que a resolução "tem sobretudo e em primeiro lugar um carácter simbólico".

    "Esta resolução visa realçar a atenção especial que o Governo português pretende conceder ao património histórico edificado, sejam cidades ou outro tipo de memória arquitectónico", disse.

    Pinto Ribeiro referiu depois que Portugal "é o país que mais património edificado classificado pelo UNESCO tem fora das suas fronteiras".

    "Pretendemos chamar a atenção para a centralidade do tema da recuperação do património e para a necessidade de se estabelecerem parcerias com agências do Ministério da Cultura ou com outros países", frisou.

    De acordo com ministro da Cultura, ao nível da recuperação do património, os técnicos portugueses "têm a memória e o conhecimento de todas as técnicas de restauro das edificações, sejam palácios, ou igrejas (como existem muitas no território da antiga União Indiana)".

    "Vamos fazer um esforço para que esse património seja recuperado e haja uma leitura da globalização portuguesa enquanto leitura grandiosa", acrescentou.

    No plano político, a resolução cria uma comissão interministerial para se proceder "à valorização do património cultural de origem portuguesa", que integrará representantes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros (que preside), Cultura, Economia e Educação.

    No prazo de 180 dias, esta comissão deverá apresentar um plano de acção "adequado a uma intervenção sustentada e integrada" ao nível da recuperação do património histórico português espalhado pelo mundo.

    Este plano de acção terá como primeira prioridade "a identificação exaustiva do património cultural de origem portuguesa e o levantamento da sua situação actual".

    Entre os objectivos está também "o incremento" de relações políticas e diplomáticas com os países em que se encontra património de origem portuguesa.

    Com essa aproximação política e diplomática, o executivo pretende "impulsionar projectos de conservação, reabilitação e dinamização económica e social, nomeadamente através de parcerias com instituições públicas e privadas".