Passageiros desembarcados nos aeroportos dos Açores até agosto caíram 64%
9 de set. de 2020, 13:06
— Lusa/AO Online
"De janeiro a agosto
de 2020, o número de passageiros desembarcados nos Açores foi pouco mais
de um terço do número de passageiros desembarcados no mesmo período de
2019. Nos voos internacionais tivemos uma diminuição acentuada do número
de passageiros desembarcados, na ordem dos 81%. Nos voos territoriais,
uma redução de 66% e, no interilhas, uma diminuição de 59%", declarou a
secretária regional com a tutela dos Transportes, Ana Cunha.A
governante falava em sessão plenária do parlamento dos Açores, na
Horta, num debate sobre transportes e acessibilidades agendado pelo
CDS-PP.A "todos os imprevistos", a
transportadora aérea regional, a SATA, "tem sabido adaptar-se e
responder às necessidades dos Açores e dos açorianos", advogou a
secretária regional.A situação financeira
da transportadora e o seu "extraordinário agravamento em função" da
covid-19, assim como a sua importância "para a economia da região",
justificaram o pedido de um auxílio de emergência, que “foi objeto de
decisão favorável no passado dia 18 de agosto de 2020 e que está
previsto assumir a forma de garantia de Estado a um empréstimo de 133
milhões de euros".Sendo este o último
plenário antes das próximas eleições no arquipélago, Ana Cunha declarou
que, no campo dos transportes, a legislatura ficou "violentamente
marcada pelas alterações impostas por dois acontecimentos imprevistos,
extraordinários: um a nível regional, o furacão Lorenzo, e um a nível
mundial, a pandemia de covid-19"."Tanto o
Lorenzo, como esta pandemia, que ainda atravessamos, fizeram com que o
Governo dos Açores tivesse de ajustar a sua ação, reinventar-se, de
forma a atender às necessidades que, de um momento para o outro,
surgiram. Foi o que fizemos. É o que continuamos a fazer. Mas não
deixámos para trás o que estava planeado", disse. Ana
Cunha lembrou ainda que as ligações das nove ilhas açorianas envolvem
13 portos e nove aeroportos, "com permanentes necessidades de
manutenção, operacionalidade e desenvolvimento, o que, a par dos
mercados regionais pequenos, dispersos e sem grande atratividade
comercial, impulsiona a definição de obrigações de serviço público que
só conseguem ser asseguradas com compensação financeira do erário
público".