Partidos estimam gastar mais de 960 mil euros na campanha
29 de dez. de 2023, 16:27
— Lusa
Depois
de na quinta-feira ter publicado na sua página da Internet os
orçamentos de campanha - que decorrerá entre 21 de janeiro e 02 de
fevereiro - de PS, BE, PAN, Livre, ADN e Chega, bem como das coligações
PSD/CDS-PP/PPM, CDU (PCP e PEV) e Alternativa 21 (MPT e Aliança), hoje
foram divulgados os documentos do Juntos Pelo Povo (JPP) e da Iniciativa
Liberal (IL).Segundo o ‘site’ da ECFP, o
JPP e a IL apenas entregaram os orçamentos na quinta-feira, prevendo
despesas de 15 mil e 50 mil euros, respetivamente.O
prazo para entrega dos orçamentos terminava inicialmente na
terça-feira, mas acabou por ser prorrogado até quarta-feira, devido à
tolerância de ponto concedida pelo Governo no dia 26.A
coligação MPT/Aliança, que não tinha divulgado a sua candidatura à
comunicação social, teve de aguardar até quinta-feira para receber uma
certidão do Tribunal Constitucional, responsável por apreciar a
legalidade das coligações, a certificar a sua constituição. O documento,
a que a Lusa teve acesso, é datado de quarta-feira.Com esta confirmação, ascendem a 11 as candidaturas confirmadas, que estimam gastar na campanha, no total, 961.602 euros.Segundo
os documentos publicados, o PS, o maior partido da oposição nos Açores,
apresenta o orçamento mais elevado, de 357.572,80 euros, menos cerca de
115 mil euros do que nas anteriores eleições regionais, realizadas em
25 de outubro de 2020, durante a pandemia de covid-19.Os
socialistas açorianos, liderados por Vasco Cordeiro, presidente do
Governo Regional entre 2012 e 2020, estimam gastar 94 mil euros em
propaganda, comunicação impressa e digital, 93 mil euros em comícios e
espetáculos, 50 mil euros em estruturas, cartazes e telas e 47 mil euros
em brindes e outras ofertas, por exemplo.A
coligação formada por PSD, CDS-PP e PPM, que governa a região há três
anos, prevê gastar 320 mil euros, quando em 2020 os sociais-democratas,
que concorreram sozinhos, apresentaram um orçamento de 350 mil euros.
Agora, os três partidos preveem gastar 90 mil euros com custos
administrativos e operacionais, 80 mil na conceção da campanha, agências
de comunicação e estudos de mercado, 45 mil em propaganda, 40 mil em
comícios e espetáculos e 30 mil em brindes, entre outras rubricas.O
Chega, que tem atualmente um deputado na Assembleia Legislativa
Regional, apresenta o terceiro orçamento mais elevado, de 100 mil euros,
valor que prevê gastar em estruturas, cartazes e telas (25 mil euros),
em propaganda (cerca de 23 mil euros) e em custos administrativos (mais
de 26 mil euros), por exemplo. Há três anos, o valor total era de 27.500
euros.A CDU apresenta metade do orçamento
do Chega, 50 mil euros, prevendo gastar metade em custos
administrativos e operacionais, 12.500 euros em propaganda e 8.500 em
estruturas, cartazes e telas. Relativamente a 2020, a coligação prevê
gastar menos 10 mil euros.A IL prevê
também gastar 50 mil euros, com a maior fatia – 15.000 euros - destinada
a estruturas, cartazes e telas, 10.500 para propaganda, comunicação
impressa e digital, 10 mil euros para brindes e outras ofertas, 7.500
euros com custos administrativos e operacionais e dois mil euros em
comícios e espetáculos. Há três anos, a IL tinha um orçamento de apenas
seis mil euros.Já o Bloco de Esquerda
entregou um orçamento de 40.030 euros, estimando gastar a maior fatia em
propaganda, comunicação impressa e digital (16.500 euros). Em 2020, os
bloquistas apresentaram um orçamento de cerca de 63 mil euros.O
PAN prevê gastar 15.000 euros, tal como o JPP, a Alternativa
Democrática Nacional 6.000 euros, o Livre 5.000 euros e a coligação que
junta Aliança e MPT (Alternativa 21) 3.000 euros.Em
11 de dezembro, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa,
anunciou a dissolução da Assembleia Legislativa dos Açores e a marcação
de eleições regionais antecipadas para 04 de fevereiro de 2024, na
sequência do chumbo do orçamento regional para o próximo ano.O
executivo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM), chefiado por José Manuel
Bolieiro, deixou de ter apoio parlamentar maioritário desde que um dos
dois deputados eleitos pelo Chega se tornou independente e o deputado da
Iniciativa Liberal rompeu com o acordo de incidência parlamentar, em
março.O executivo de José Manuel Bolieiro
manteve um acordo de incidência parlamentar com o agora deputado único
do Chega no parlamento açoriano.A
Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados: 25 são do
PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da
Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado é independente
(eleito pelo Chega).