Partidos da oposição instam a "quem de direito" a acabar com greve de fome de deputado
28 de fev. de 2018, 16:58
— Lusa/AO online
O
parlamentar encontra-se há 10 dias a cumprir uma greve de fome em Ponta
Delgada, na ilha de São Miguel, depois de "esgotados todos os recursos
legislativos e de discussão parlamentar" sobre o fornecimento de
refeições escolares aos alunos e pessoal docente e não docente da escola
do Corvo.O
Governo Regional dos Açores passou a contemplar, nos últimos meses, um
pagamento às famílias afetadas pela ausência de cozinha e refeitório
escolar na ilha menos habitada dos Açores, mas, para o parlamentar do
PPM, tal não mais é que uma "desresponsabilização".Na
mais pequena ilha do arquipélago açoriano, o ano letivo arrancou na
Escola Mouzinho da Silveira com 42 alunos, que integram turmas entre o
primeiro ciclo e o ensino secundário.Para
os deputados e líderes do PSD (Duarte Freitas) e CDS-PP (Artur Lima)
nos Açores, bem como para os parlamentares Zuraída Soares, coordenadora
do BE, e João Corvelo, do PCP, ”não é possível ignorar que, ao fim de
todo este tempo, impunha o mais elementar bom senso que o partido
maioritário e/ou o Governo Regional tivessem contactado” com Paulo
Estêvão.Mesmo
que não “para aceder à sua reivindicação, no mínimo, para encetar um
diálogo cívico e institucional com ele”, de acordo com os deputados
regionais, que consideram que a opção do deputado do PPM “não pode
deixar de afetar, direta e indiretamente”, o parlamento açoriano e os
deputados que o representam e, “sobretudo, as condições de saúde física e
mental” de um colega.Os
parlamentares recordam que “os próprios pais e encarregados de educação
do Corvo mostraram a sua preocupação e solidariedade para com o
deputado Paulo Estevão”, impondo-se “em nome da convivência democrática,
da pluralidade de opiniões e da mais elementar civilidade” que “quem de
direito ponha cobro a uma situação que, a continuar no tempo, poderá
ter consequências altamente gravosas e das quais ninguém sairá impune”.