Parque de Ciência e Tecnologia da Terceira tem 12 projetos internacionais de 16 ME
14 de jul. de 2022, 10:42
— Lusa/AO Online
“Os
projetos internacionais que temos já alavancam sensivelmente 16
milhões de euros”, avançou, em declarações aos jornalistas, o diretor
executivo do Terinov, Duarte Pimentel, à margem de uma sessão
comemorativa dos dois anos da inauguração do parque.Construído
num antigo hospital militar, onde funcionou durante décadas o campus de
Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, o Parque de Ciência e
Tecnologia da Ilha Terceira acolheu a primeira empresa em incubação no
dia 31 de julho de 2019, sendo inaugurado a 13 de julho de 2020.Hoje,
conta com 61 empresas e sete entidades científicas instaladas e “mais
de 230 recursos humanos altamente qualificados”, de dez nacionalidades,
como Brasil, Gana, Reino Unido, França e Itália.“Passados
24 meses, termos um ecossistema desta natureza instalado na Terceira é
algo muito motivador, muito satisfatório e que, acima de tudo, nos faz
ter vontade de fazer mais e melhor”, salientou Duarte Pimentel.As
empresas e entidades científicas instaladas no parque estão envolvidas
em 12 projetos de investigação internacionais, que captam investimento
de fundos como o EEA Grants, por exemplo.“É
algo que permite também ao Terinov ter um posicionamento cada vez mais
internacional e, com isso, também conseguir alavancar os próprios
projetos que estão instalados no parque, porque estes projetos
internacionais necessitam de consultoria, de aquisição de serviços e de
equipamentos, que permitem trazer uma vantagem financeira aos nossos
instalados”, realçou.O parque está
“completamente esgotado, já há largos meses”, no número de vagas para
instalação física, mas continua a oferecer capacidade de instalação
virtual.“Temos uma fila de espera de,
sensivelmente, sete projetos que ainda se mantêm interessados em fazer
parte do ecossistema do Terinov, do ponto de vista físico e presencial”,
adiantou.Segundo o diretor executivo do
Terinov, há projetos que preferem “viver o dia a dia do ecossistema”,
com uma instalação física, pela proximidade entre empresas, que facilita
a “sinergia entre os projetos”.O futuro
do parque passa cada vez mais pela internacionalização, captação de
investimentos e exportação de produtos, defendeu Duarte Pimentel.“70%
daquilo que se faz no Terinov, em particular no ecossistema
empresarial, é para exportação. Não estamos de todo minimamente
constrangidos à localização geográfica. O Terinov vende conhecimento,
vende sabedoria, vende serviços e a venda desses serviços muitas vezes
está à distância de um clique”, apontou.