Parlamento ucraniano cancela sessão devido a risco de ataque russo
Ucrânia
22 de nov. de 2024, 11:08
— Lusa/AO Online
A
sessão ordinária com a participação de funcionários do governo “foi
cancelada”, disse a deputada do partido presidencial Yevheniia Kravchuk à
agência francesa AFP, confirmando informações de outros deputados.“Há
sinais de um risco acrescido de ataques contra o bairro governamental
nos próximos dias”,acrescentou a deputada do partido Servo do Povo.O
bairro no coração de Kiev, que alberga igualmente a presidência, a sede
do governo e o banco central, foi até agora poupado aos
bombardeamentos. O acesso ao bairro é estritamente controlado pelo exército.O
porta-voz do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu à
imprensa que a administração presidencial estava “a trabalhar como
habitualmente, respeitando as normas de segurança habituais”.Após
o ataque com um novo míssil hipersónico, o Presidente russo, Vladimir
Putin, falou à nação na quinta-feira à noite, e culpou o Ocidente pela
escalada do conflito. Disse que a guerra
na Ucrânia assumiu agora um “caráter global” e ameaçou atacar os aliados
de Kiev cujas armas de longo alcance sejam utilizadas para ataques
dentro da Rússia.O Kremlin (presidência russa) mostrou-se hoje confiante de que os Estados Unidos compreenderam a mensagem de Putin.“Não
temos dúvidas de que a atual administração de Washington teve a
oportunidade de se familiarizar com esta declaração e de a compreender”,
declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.A
NATO e a Ucrânia deverão reunir-se em Bruxelas na terça-feira para
discutir a situação, de acordo com fontes diplomáticas contactadas pela
AFP.Os Estados Unidos, que foram
informados 30 minutos antes do lançamento russo, acusaram Moscovo na
quinta-feira de “provocar uma escalada”. A ONU também falou de um “desenvolvimento preocupante” e o chanceler alemão, Olaf Scholz, lamentou uma “terrível escalada”.A China, um importante parceiro da Rússia acusado de participar no seu esforço de guerra, pediu contenção.O Cazaquistão, um aliado de Moscovo, reforçou as medidas de segurança devido à nova “escalada na Ucrânia”.