Parlamento madeirense aprova salário mínimo de 682 euros
11 de fev. de 2021, 13:15
— Lusa/AO Online
Em causa está um
acréscimo de 31,12 euros mensais na retribuição mínima mensal garantida,
comparando com o valor que vigorou em 2020 (650,88 euros).O
parlamento madeirense aprovou, igualmente por unanimidade, um projeto
de proposta de lei à Assembleia da República, apresentado pelo CDS e
pelo PSD (partidos que governam a região em coligação), sobre a inclusão
das novas substâncias psicoativas que têm surgido no mercado na Lei de
Combate à Droga. A proposta visa a
"atualização célere" das novas substâncias psicoativas publicadas pelo
Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência nas tabelas do regime
jurídico aplicável ao tráfico, e ao consumo de estupefacientes e
substâncias psicotrópicas.O parlamento
aprovou ainda, com os votos favoráveis do PSD, do CDS-PP e do JPP, um
voto de protesto apresentado pelo PSD que critica o Ministério da
Agricultura "pela incapacidade e falta de compromisso que vem revelando
no quadro da negociação do POSEI (Programa de Opções Específicas para
fazer face ao afastamento e insularidade, criado em 2007 de apoio às
regiões ultraperiféricas da União Europeia) para o período 2021 – 2027”.O
voto recorda que, em sede da Comissão de Agricultura e Mar da
Assembleia da República, a ministra da Agricultura, Maria do Céu
Antunes, confirmou que o envelope financeiro do POSEI sofrerá uma
redução de 3,9% a partir de 2022.Também no
plenário de hoje, o PSD voltou a criticar os governos de António Costa,
considerando que não têm sido “amigos” dos madeirenses e que há um
“garrote financeiro” em relação à região, no que se refere à questão das
moratórias ao pagamento das prestações do Programa de Ajustamento
Económico e Financeiro (PAEF).No âmbito deste programa, a região contraiu em 2012 um empréstimo para saneamento das contas públicas."Com
este tratamento, fica uma pergunta - que terão António Costa, João Leão
e o PS contra a Madeira? Que fizeram de mal os madeirenses e porque
foram abandonados nestes momentos difíceis?", perguntou o parlamentar,
recordando que o executivo regional pediu ao Governo da República a
prorrogação do período de pagamento das prestações e juros, para aplicar
esse valor nas medidas de combate à pandemia."Apesar
de a autorização ter chegado no último dia e à última hora [Orçamento
do Estado para 2021], a verdade é que, passados seis meses, quando mais
do que nunca é necessária a solidariedade do Estado, quando as famílias e
empresas sofrem com a nova vaga de pandemia, verificamos, com
informação da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, que o acordo nunca
foi assinado", denunciou.Segundo Rafael
Carvalho, o Ministério das Finanças “não só não cumpriu as formalidades
para suspender as três prestações do empréstimo associado ao PAEF como,
contrariando o espírito das moratórias, agravou o empréstimo em capital e
em juros"."Agora, e contra a determinação
expressa na Lei do Orçamento do Estado, que determina a interrupção em
três semestres do plano de pagamento, ficamos a saber que foram
adicionados 57 milhões de euros à dívida", referiu.O
deputado referiu ainda que o Governo da República decidiu aplicar a
capitalização dos juros e, assim, desconsiderar a sua suspensão,
adicionando 45,5 milhões ao capital e calculando 11,5 milhões de euros
de juros sobre juros, também adicionados à dívida."A
ausência da moratória de pagamento, bem como o aumento de 57 milhões de
euros são um claro garrote financeiro a ser aplicado à região",
concluiu.