Parlamento Europeu quer sistema farmacêutico resiliente a futuras crises
24 de nov. de 2021, 17:07
— Lusa/AO Online
A
posição da assembleia consta de um relatório não vinculativo hoje
adotado no hemiciclo de Estrasburgo, França – com 527 votos a favor, 92
contra e 70 abstenções -, no qual os eurodeputados apresentam as suas
recomendações sobre a implementação da nova estratégia farmacêutica da
UE e as próximas revisões da legislação comunitária nesta matéria.Sublinhando
que a nova estratégia farmacêutica é um dos pilares da «União Europeia
da Saúde», o Parlamento Europeu (PE) aponta que esta deve “contribuir
para a criação de um sistema farmacêutico da UE preparado para o futuro e
resiliente às crises” e salienta que “a compreensão das causas
profundas da escassez de medicamentos é essencial para a elaboração de
uma resposta europeia adequada a este desafio de longa data”.“A
autonomia estratégica aberta da UE e a segurança do abastecimento devem
ser garantidas pela diversificação das cadeias de abastecimento de
medicamentos e produtos farmacêuticos essenciais, incluindo unidades de
produção europeias, bem como pela aplicação de normas de contratação
pública que não considerem o preço como o único critério, afirmam os
eurodeputados”, lê-se no relatório hoje adotado.Os
eurodeputados sublinham também a importância de a Comissão Europeia e
os Estados-Membros celebrarem novos contratos públicos conjuntos da UE,
“especialmente, mas não exclusivamente, no caso de medicamentos para
situações de emergência e necessidades terapêuticas não satisfeitas”,
devendo ser garantidos “elevados níveis de transparência” no âmbito
destas iniciativas.A estratégia
farmacêutica abrange todo o ciclo dos medicamentos, incluindo a
investigação, os ensaios, a autorização, o consumo e a eliminação, e
deverá também contribuir para a consecução do objetivo da neutralidade
climática.A Comissão Europeia anunciou que irá apresentar uma proposta de revisão da legislação farmacêutica em 2022.