Autor: Lusa/AO Online
A Comissão Europeia tinha estimado um investimento adicional de 260 mil milhões de euros anualmente até 2030 para responder aos objetivos em termos de clima e energia, mas o texto hoje aprovado pelo Parlamento Europeu diz que as necessidades “excedem largamente o valor cauteloso” do executivo de Bruxelas.
Na resolução, aprovada com 482 votos a favor, 136 contra e 95 abstenções, os eurodeputados apoiam as linhas gerais do Plano de Investimento para uma Europa Sustentável, nomeadamente o novo Fundo de Transição Justa, no valor de 7,5 mil milhões de euros, para ajudar reconverter regiões altamente dependentes dos combustíveis fósseis e com economias baseadas nas emissões de dióxido de carbono.
O referido mecanismo, tutelado pela portuguesa Elisa Ferreira, comissária para a Coesão e Reformas, merece “um financiamento consistente”, segundo o texto, e “não deve consistir numa mera transferência para os governos ou as empresas nacionais, nem deve ser utilizado para pagar o passivo das empresas”, mas sim auxiliar trabalhadores de todos os setores e comunidades da União Europeia (UE) mais afetados pela descarbonização, como as regiões de extração de carvão, por exemplo, na transição para uma atividade limpa.
O PE quer colocar a meta de redução das emissões da UE prevista para 2030 em 55%, comparando com os níveis de 1990, e insta o colégio dirigido pela alemã Von der Leyen a apresentar uma proposta nesse sentido para que seja adotada antes da próxima Cimeira do Clima (COP26), em novembro.
Os eurodeputados pretendem também metas intermédias para 2040 tendo em conta o objetivo da neutralidade carbónica em 2050.