Parlamento dos Açores reforça orçamento de 2024 em cerca de 915 mil euros
5 de jul. de 2024, 16:43
— Lusa/AO Online
“Que não se pense que está
aqui a assembleia a aumentar os senhores deputados e os funcionários da
assembleia”, advertiu Luís Garcia, presidente do parlamento açoriano,
ouvido na comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável, reunida em Ponta Delgada, lembrando que os
aumentos “decorrem da lei”.A audição de
Luís Garcia na comissão ocorreu a propósito do 1.º orçamento suplementar
apresentado pela mesa da assembleia para o ano de 2024.Dos
915 mil euros, a maior fatia (520 mil euros) será utilizada para
reforçar os vencimentos dos deputados (120 mil euros), dos funcionários
(268 mil) e também dos encargos com os subsídios de refeição (27 mil
euros) e com subsídios de férias e de Natal (100 mil).“Não
vale a pena fazer-se notícias sensacionalistas, por que isto decorre da
lei. Tal como em toda a administração pública regional aconteceu, aqui
[no parlamento], também acontece”, reforçou o presidente da assembleia.Além
dos aumentos salariais, o 1.º orçamento suplementar da Assembleia
Legislativa dos Açores para 2024 reserva ainda 140 mil euros para as
transferências para a Caixa Geral de Aposentações (para pagar as pensões
de antigos deputados) e ainda as contribuições para a Segurança Social,
que aumentam em 80 mil euros.Outra das
alterações do orçamento do parlamento açoriano será na rubrica destinada
à “conservação de bens”, que é reforçada em 95 mil euros, verba que,
segundo explicou Luís Garcia, será aplicada na beneficiação da “Cedar’s
House”, a casa do presidente da assembleia, situada na cidade da Horta,
que está a necessitar de obras.“Gosto de
ver o nosso património conservado, acho que esta é uma obrigação da
assembleia”, argumentou Luís Garcia, acrescentando que “não vale a pena
estar a diminuir orçamentos só para ficar bem nas páginas dos jornais”
e, ao mesmo tempo, deixar o património a degradar-se.O
orçamento do parlamento açoriano para 2024 sobe, por via destes
reforços agora propostos (que serão discutidos e votados em plenário na
próxima semana, na Horta), de 15,4 milhões de euros para 16,3 milhões de
euros.