Parlamento dos Açores realiza debate de urgência sobre incêndio no HDES
9 de jul. de 2024, 08:50
— Lusa/AO Online
A
iniciativa é da bancada do PS, o maior partido da oposição nos Açores,
que exige explicações ao Governo de coligação PSD, CDS-PP e PPM “sobre
todas as matérias” relacionadas com o incidente no HDES, que ocorreu a
04 de maio e que provocou prejuízos estimados em 24 milhões de euros.Na
ocasião, a secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, determinou o
encerramento temporário do hospital, devido à dimensão dos estragos,
assim como a transferência de todos os doentes que estavam internados no
HDES para outras unidades de saúde da região, da Madeira e do
continente.O líder dos socialistas
açorianos, Francisco César, justificou, em conferência de imprensa, a
necessidade de o executivo de direita prestar “mais esclarecimentos
sobre a segurança nos cuidados de saúde” prestados naquele hospital,
sobretudo depois do debate realizado na passada semana, na Antena
1/Açores, sobre esta matéria.“Tem havido
um conjunto de declarações da parte do Governo que não estão certas com a
realidade”, denunciou Francisco César, considerando que isso tem
provocado uma “reiterada falta de confiança na palavra” do executivo.A
agenda parlamentar do plenário de julho, o último antes das férias de
verão, inclui ainda uma proposta do Bloco de Esquerda, que pretende
criar um programa extraordinário de integração de trabalhadores
precários na Administração Pública Regional.A
ordem de trabalhos desta semana integra também uma proposta de
resolução do Governo com a conta da região de 2022, que evidencia um
agravamento da dívida pública regional em 472 milhões de euros, assim
como o 1º orçamento suplementar da Assembleia, apresentada pela mesa do
parlamento, que reforça o orçamento do órgão máximo da autonomia
regional em 915 mil euros.O estatuto da
carreira docente nos Açores, a utilização de pirotecnia silenciosa no
arquipélago e a regularização dos denominados “Chãos de Melhoras”, em
São Miguel, (terrenos onde foram construídas moradias, mas que não
pertencem aos donos das casas), são outros dos temas em debate no
parlamento açoriano.