Parlamento dos Açores quer momento “atempado" para participar na legislação europeia
7 de out. de 2022, 15:09
— Lusa/AO Online
Luís Garcia, citado em nota de
imprensa, afirmou que “muitas vezes os parlamentos regionais são
efetivamente consultados sobre essa legislação em momentos muito
tardios”.Nesta fase, o “contributo às
vezes serve de pouco, porque o momento da discussão e do próprio debate,
e às vezes a aprovação, já passou”, referiu o presidente do parlamento
açoriano.Luís Garcia intervinha no debate
que teve lugar na quinta-feira, na Junta Geral do Principado das
Astúrias, no âmbito das comemorações dos 25 anos da Declaração de
Oviedo, fundadora da CALRE - Conferência das Assembleias Legislativas
Regionais da Europa, “Estamos no momento
exato de reforçar este conceito que está nos tratados europeus, da
subsidiariedade ativa, apresentando, em concreto, competências que
possam ser delegadas, designadamente nos nossos parlamentos”, afirmou
Luís Garcia, frisando a necessidade das regiões com competências
legislativas participarem “cada vez mais na construção da legislação
europeia”.O responsável político
salvaguardou que se “fala muito no plano teórico dessas competências que
podem ser delegadas, mas efetivamente há que de partir para a prática e
ver o que é que pode ser delegado, com que regras, que competências e
que meios”.Nascida a 7 de outubro de 1997,
com a assinatura da Declaração de Oviedo, a CALRE conta com 72 membros,
representando parlamentos regionais de sete países europeus,
nomeadamente da Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Itália, Portugal e
Espanha.