Parlamento dos Açores prorroga programas de estágios por unanimidade

Segunda a iniciativa socialista, os programas de estágio que começaram em outubro de 2019 ou em janeiro de 2020, e terminavam a 30 de junho de 2020, serão prolongados pelo período de nove meses.Na apresentação da proposta, durante o plenário da Assembleia Regional que decorre esta semana na cidade da Horta, na ilha do Faial, o deputado do PS Vílson Ponte Gomes lembrou que, devido à crise da Covid-19, o Governo Regional já tinha, no passado, determinado a prorrogação dos programas de estágio.Segundo disse, o balanço do prolongamento dos estágios “é globalmente positivo” e, nos últimos dois anos, os programas registaram uma “taxa de empregabilidade superior a 70%”.Os programas Estagiar L (destinado aos estudantes licenciados) ou o Estagiar T (para os jovens com cursos tecnológicos ou profissionais) foram criados pelos anteriores governos regionais liderados pelo PS.No debate, o secretário regional da Juventude, Qualificação Profissional e Emprego, Duarte Freitas, revelou existirem 2925 jovens nos programas estagiar L e T e 458 no programa Inovar (destinado a desempregados com menos de 30 anos).O governante criticou a proposta do PS por não incluir os jovens que iniciaram os estágios em outubro de 2018 e em janeiro de 2019.Duarte Freitas enalteceu os novos programas criados pelo Governo dos Açores de coligação PSD/CDS-PP/PPM, como o Geração Açores Pro, que dão um “passo em frente no combate à precariedade” ao garantir a “proteção social” dos jovens (através dos descontos para a Segurança Social).O líder parlamentar do PSD/Açores, Pedro Nascimento Cabral, considerou que os programas estagiar L e T “não oferecem qualquer tipo de futuro”, defendendo que os jovens devem ter a “liberdade” de escolher entre esse programas e os criados pelo atual executivo açoriano.O parlamentar Pedro Pinto, do CDS-PP, elogiou os programas lançados pelo Governo Regional, mas defendeu a prorrogação dos estagiar L e T para “garantir que os jovens não fiquem desprotegidos”.O líder parlamentar do PPM, Paulo Estêvão, defendeu a importância de os jovens “poderem optar” entre os diferentes programas de estágio para ficarem “mais descansados em relação ao futuro”.A parlamentar do BE/Açores, Alexandra Manes, disse serem necessárias medidas para os jovens terem um "contrato de trabalho e um salário justo, em vez uma bolsa seguida de desemprego e precariedade”, mas concordou com o prolongamento dos estágios devido à “situação excecional” provocada pela pandemia.O deputado da Iniciativa Liberal - IL Nuno Barata afirmou que, se os Açores se tivessem desenvolvido “convenientemente”, não existiriam jovens durante 33 meses em programas ocupacionais.Carlos Furtado, do Chega, alertou para os “problemas demográficos” das ilhas açorianas, que têm uma “população cada vez mais envelhecida”.A 14 de junho, o Governo Regional anunciou o Geração Açores Pro, o programa que se apresenta como “uma alternativa concreta especifica para os jovens” que estejam à procura do primeiro emprego ou que tenham realizado os programas Estagiar L, Estagiar T, Inovar e CET, criados pelo anterior executivo regional socialista.