Parlamento dos Açores debate a partir de segunda-feira Plano e Orçamento para 2018
26 de nov. de 2017, 13:47
— AO/Lusa
A
proposta de Orçamento dos Açores para o próximo ano é de 1.292 milhões
de euros, valor sensivelmente igual ao do corrente ano, enquanto o Plano
de Investimentos global é de 753 milhões de euros, um decréscimo de
cerca de 3% face ao de 2017.Em
setembro, após apresentar as antepropostas dos documentos orçamentais
aos membros do Conselho Regional de Concertação Estratégica, o
presidente do Governo dos Açores, o socialista Vasco Cordeiro,
considerou que o plano “dá resposta” ao “novo ciclo” da economia
regional e “pretende continuar na construção dos alicerces para que esse
novo ciclo tenha sustentabilidade”.Vasco
Cordeiro explicou então que o investimento previsto “visa dar condições
para que se concretizem três objetivos fundamentais”, o primeiro ligado
“ao emprego e ao crescimento económico baseado no conhecimento e na
inovação”, área que congrega cerca de 52% das verbas, na qual se incluem
a competitividade empresarial, agricultura e desenvolvimento rural,
pescas e turismo.O
segundo objetivo prende-se com a qualificação e qualidade de vida,
contemplando a educação, cultura, solidariedade social, política de
habitação e ao investimento relativo à política de saúde, setores que
têm “mais de 20%” das verbas.De
acordo com Vasco Cordeiro, uma terceira componente é relativa à
sustentabilidade do desenvolvimento da região, com “26% das verbas do
total do investimento público”, que contempla ambiente, transportes e
política do mar.O
PSD, maior partido na oposição, já anunciou que vai apresentar várias
propostas de alteração aos documentos, incluindo a criação de um teto
máximo de 90 euros para as viagens entre as ilhas dos Açores, medidas
para promover a transparência e prevenir a corrupção, e a redução
faseada dos impostos, para níveis anteriores ao período da ‘troika’.Já
o CDS-PP quer um reforço de verbas para o programa de redução de listas
de espera cirúrgica (CIRURGE), medida que os centristas conseguiram ver
aprovada pelo parlamento na discussão do Plano e Orçamento regionais
deste ano.Por
seu turno, o BE deu conta de que vai apresentar cerca de 40 propostas de
alteração, visando “o controlo público dos setores estratégicos, a
recuperação de rendimentos e o combate à precariedade”, enquanto o PCP
insiste, por exemplo, no aumento de 15 euros ao acréscimo regional ao
salário mínimo nacional ou na subida dos complementos de pensão e
reforma.PS e PPM ainda não anunciaram propostas de alteração.O
debate das propostas de Plano e Orçamento regionais começa na
segunda-feira às 10:00 locais (mais uma hora em Lisboa), estando a
votação na especialidade prevista para quinta-feira.O plenário, que habitualmente começa às terças-feiras, foi antecipado devido ao feriado de sexta-feira.O
PS tem 30 dos 57 deputados na Assembleia Legislativa Regional. O PSD é o
segundo maior partido, com 19 parlamentares, seguindo-se o CDS-PP
(quatro), o BE (dois), o PCP (um) e o PPM (um).