Parlamento debate hoje 35 horas de trabalho semanais e 25 dias de férias
30 de jun. de 2021, 08:53
— Lusa/AO Online
Este
agendamento dos comunistas tinha sido anunciado pelo secretário-geral do
PCP, Jerónimo de Sousa, durante a sessão de abertura das jornadas
parlamentares do partido, que decorreram a semana passada para Lisboa. Para
além dos projetos de lei do PCP, foram arrastados para a discussão que
decorre hoje à tarde no plenário do parlamento diplomas do BE, PAN e
PEV, também sobre direitos laborais. Segundo
informação de fonte oficial do Governo avançada à agência Lusa, estarão
no debate de hoje o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da
Formação Profissional, Miguel Cabrita, e o secretário de Estado da
Administração Pública, José Couto.Entre
os projetos de lei que a bancada comunista apresenta destaca-se um
diploma para reduzir “o limite máximo do horário semanal de trabalho
para as 35 horas” para todos os trabalhadores, tema em relação ao qual o
BE também avança com proposta.De
acordo com as declarações de Jerónimo de Sousa aquando do anúncio do
agendamento de hoje, “esse é o caminho que se impõe para assegurar a
compatibilização” entre as vidas pessoal e profissional e é uma medida
“essencial para garantir o pleno emprego quase se acelera o
desenvolvimento científico e tecnológico, permitindo fazer cada vez mais
e menos tempo”.Outro
dos projetos de lei dos comunistas é para alterar o Código do Trabalho e
consagrar 25 dias de férias anuais – de acordo com a legislação em
vigor “o período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis”
-, uma alteração para a qual BE, PEV e PAN também avançam com
iniciativas.Para
o líder comunista, trata-se de repor “um direito que foi cortado” e
valorizar o trabalho, “articulando-o com as diferentes dimensões da
vida”.No
âmbito do combate à precariedade laboral, o PCP leva ainda a debate um
projeto de lei para o reforço dos mecanismos para converter vínculos
precários em vínculos efetivos, para a eliminação dos contratos de muito
curta duração e para colocar um fim ao alargamento do período
experimental para 180 dias.O
grupo parlamentar do PCP também quer alterar o regime de despedimento
coletivo e do despedimento por extinção do posto de trabalho, assim como
a revogação do despedimento por inadaptação.