Parlamento da Madeira aprova recuperação integral do tempo de serviço dos professores
28 de nov. de 2018, 14:50
— Lusa/AO Online
A
recuperação do tempo de serviço prestado pelos professores integrados
na carreira docente da Região Autónoma da Madeira vai processar-se de
forma faseada, durante sete anos, entre 2019 e 2025, representando uma
despesa na ordem dos 28 milhões de euros.O
secretário regional da Educação, Jorge Carvalho, disse, no parlamento
regional, no Funchal, não ter dúvidas de que o diploma repõe a justiça a
uma classe profissional que, não obstante as restrições a que foi
sujeita, sempre deu o seu melhor ao ensino na região."O Governo [da Madeira] procura servir a população e esta é uma atitude proativa perante as realidades", disse.Durante
a discussão do decreto, a deputada do PSD Rubina Leal sublinhou que
esta é "mais uma promessa cumprida pelo Governo Regional", tendo o
CDS-PP, através do parlamentar Lopes da Fonseca, salientando que o dia
de hoje é "um dia feliz para os professores".Pelo
PTP, Raquel Coelho classificou a resolução desta questão como "muito
positiva", enquanto a deputada do JPP Patrícia Spínola reconheceu que o
executivo regional "foi pioneiro" a nível nacional. Já Ricardo Lume, do
PCP, louvou a decisão e reconheceu que a Madeira "está um passo à frente
do que acontece a nível nacional".Apesar
de ter votado favoravelmente, o PS, através do seu líder parlamentar,
Víctor Freitas, acusou o Governo Regional de ter sido o responsável pelo
congelamento das carreiras na Madeira e não o Governo da República. O
Bloco de Esquerda, pelo deputado Rodrigues Trancoso, salientou que a
recuperação integral monetária não foi garantida.O
deputado não inscrito (ex-PND), Gil Canha, lamentou que o executivo não
tenha dinheiro para recompensar os professores, mas tenha 20 milhões de
euros para um contrato-programa com o Clube Sport Marítimo para
pagamento à banca da obra de ampliação do Estádio dos Barreiros.Em
relação aos docentes do continente, a Assembleia da República aprovou
na segunda-feira uma alteração à proposta de Orçamento do Estado para
2019 que obriga o Governo a regressar à mesa das negociações com os
professores, de forma a concretizar a reivindicação de nove anos, quatro
meses e dois dias, embora sem estabelecer qualquer prazo para a
respetiva concretização.No
entanto, o Governo já tinha aprovado um diploma que estabelece que
serão contabilizados dois anos, nove meses e 18 dias do tempo de serviço
dos professores no período em que as suas carreiras estiveram
congeladas. O documento foi aprovado em Conselho de Ministros no dia 04
de outubro.