Parlamento ‘chumba’ salvaguardas financeiras propostas por PSD e CDS sobre professores
10 de mai. de 2019, 12:44
— Lusa/AO Online
As
normas, que já tinham sido chumbadas na Comissão de Educação na semana
passada, foram hoje avocadas para plenário por PSD e CDS-PP e mereceram
votos contra de PS, BE, PCP e PEV, a abstenção do PAN e votos favoráveis
das bancadas proponentes.PSD e CDS-PP
pretendiam que a devolução integral do tempo de serviço aos professores
ficasse condicionada a variáveis como o crescimento económico e o
equilíbrio das finanças públicas.O PSD
pretendia incluir no artigo relativo à recuperação integral do tempo de
serviço dos professores uma norma que estabelecesse que essa
contabilização deveria ocorrer “de forma proporcional ao crescimento da
economia” e observar “o respeito pela regra contida no Pacto de
Estabilidade de Crescimento”, de forma a que as despesas com o pessoal
na área da educação não ultrapassasse o limite anual de crescimento da
despesa.Os sociais-democratas queriam
ainda que ficasse estabelecido que a negociação dos termos e do modo da
recuperação do tempo, a partir do anos 2020 e seguintes, atendesse a
“critérios de compromisso da sociedade com os recursos disponíveis face à
situação económica e financeira do país”, nomeadamente a taxa de
crescimento do PIB, a evolução da dívida pública e de matérias como
“revisões de carreiras, ritmo de aposentações e necessidades futuras do
sistema educativo”.Já o CDS-PP fazia
depender a recuperação integral do tempo de serviço, a partir de 2020,
de uma negociação que tivesse em conta: as condições
económico-financeiras do país, designadamente a taxa de crescimento do
PIB; a possibilidade de revisão do Estatuto da Carreira Docente; e, no
caso dos docentes posicionados no 9.º e no 10.º escalões e “mediante
requerimento do docente”, a utilização do tempo remanescente para
efeitos de aposentação.