Parlamento aprovou renovação do estado de emergência até 02 de maio
Covid-19
16 de abr. de 2020, 16:18
— Lusa/AO Online
No plenário, o PS, PSD, BE, CDS-PP e PAN votaram a favor da prorrogação
do estado de emergência, enquanto o PEV e Chega abstiveram-se.
O PCP e a deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, que se tinham
abstido na primeira renovação do estado de emergência, juntaram-se ao
líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo, no voto contra.
O decreto presidencial, enviado ao parlamento hoje de manhã, prevê a
possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de
serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
Esta "reativação gradual" poderá concretizar-se, segundo Marcelo Rebelo
de Sousa, "com eventuais aberturas com horários de funcionamento
adaptados, por sectores de atividade, por dimensão da empresa em termos
de emprego, da área do estabelecimento comercial ou da sua localização
geográfica, com a adequada monitorização".
Ao contrário do articulado anterior, o novo decreto admite restrições
ao direito de deslocação "assimétricas", aplicadas "a pessoas e grupos
etários ou locais de residência", cabendo agora ao governo regulamentar a
sua concretização. A introdução do texto presidencial admite ainda a comemoração do Dia do Trabalhador, embora com limites. O estado de emergência vigora em Portugal desde as 00:00 horas de 19 de março e já foi renovado uma vez.
De acordo com a Constituição, não pode ter duração superior a 15 dias,
sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.
Para o decretar, o Presidente da República tem de ouvir o Governo e ter
autorização da Assembleia da República, que se reunirá hoje à tarde
para debater e votar esta nova prorrogação do estado de emergência,
através de uma resolução.