Parlamento aprova na generalidade despenalização da morte medicamente assistida
Eutanásia
9 de jun. de 2022, 17:28
— Lusa/AO Online
Na
votação dos quatro diplomas posicionaram-se a favor a maioria dos
deputados da bancada do PS - incluindo o líder parlamentar, Eurico
Brilhante Dias - e ainda o BE, Iniciativa Liberal e os deputados únicos
do Livre, Rui Tavares, e do PAN, Inês Sousa Real. Votaram
contra as bancadas do Chega, do PCP e a esmagadora maioria dos
deputados do PSD, incluindo o líder parlamentar, Paulo Mota Pinto, e o
secretário-geral, José Silvano.O projeto
do PS foi o mais votado, com 128 votos a favor, cinco abstenções e 88
votos contra. Os diplomas de BE e IL tiveram ambos 127 deputados a
favor, seis abstenções e 88 contra.Já o diploma do PAN foi aprovado com 126 votos a favor, sete abstenções e 88 votos contra.Votaram, entre os presentes no hemiciclo ou à distância, um total de 221 deputados dos 230 eleitos. Na
bancada parlamentar do PS, que tinha liberdade de voto, apenas sete
deputados se manifestaram contra os quatro diplomas: Joaquim Barreto,
Romualda Fernandes, Raquel Ferreira, Cristina Sousa, Pedro Cegonho,
Maria João Castro e Sobrinho Teixeira. No
PSD – também com liberdade de voto - a esmagadora maioria posicionou-se
contra, com cinco deputados a favor de todos os diplomas: Mónica
Quintela, Sofia Matos, André Coelho Lima, Catarina Rocha Ferreira e Hugo
Carvalho. No diploma do PS, o social-democrata Adão Silva votou a favor, tendo-se abstido nos restantes. Em
todos os diplomas abstiveram-se quatro deputados do PS (João Azevedo,
Ricardo Pinheiro, Nuno Fazenda e Miguel Iglésias) e ainda Lina Lopes, do
PSD. Pedro do Carmo, do PS, juntou-se à abstenção no diploma do PAN.Com
a aprovação dos projetos na generalidade, os quatro projetos descem
agora à comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos,
Liberdades e Garantias para o debate na especialidade de onde deverá
sair um texto comum que ainda tem que passar pela votação final global
até ser enviado para o Presidente da República.Apenas
no final da votação do projeto do BE, os deputados deste grupo
parlamentar bateram algumas palmas, não tendo havido outras
manifestações na votação dos restantes projetos.