Autor: Lusa/AO Online
Com esta decisão, aprovada por 308 dos 450 deputados, as eleições locais ficam formalmente adiadas, cinco anos depois das anteriores, e os mandatos dos autarcas são prorrogados.
De acordo com o documento, citado pela agência noticiosa Ukrinform, “a organização, preparação e realização de eleições locais em conformidade com a legislação nacional e os padrões europeus de eleições democráticas são impossíveis sob as condições da agressão militar da Federação Russa contra a Ucrânia e da lei marcial em curso”.
A resolução responsabiliza “o Estado agressor” por este adiamento.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também usou a lei marcial para justificar a prorrogação ‘sine die’ do seu mandato, cancelando as eleições legislativas de outubro de 2023 e as presidenciais de março de 2024.
O cancelamento das eleições levou Moscovo a questionar a legitimidade das principais instituições da Ucrânia, um argumento de que tanto Kiev como os seus principais parceiros ocidentais se distanciaram.
Entre os que agora permanecerão no cargo está o presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, um dos principais rostos da guerra na Ucrânia e crítico de Zelensky, a quem acusa de autoritarismo.
Em agosto, Zelensky declarou, numa reunião com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca, que está preparado para convocar eleições após o fim da guerra.