Parlamento açoriano recomenda ao Governo Regional que complexo do Lajedo permaneça público
9 de out. de 2025, 16:34
— Lusa/AO Online
O PS
e o Chega apresentaram, em setembro, dois projetos de resolução no
parlamento açoriano, na cidade da Horta, que foram aprovados por
maioria, com votos a favor de PS, Chega, BE, IL e PAN e contra de PSD,
CDS-PP e PPM.As iniciativas foram
apresentadas na Assembleia legislativa dos Açores depois de ter sido
celebrado em março um protocolo entre a Direção Regional do Desporto e a
Santa Clara Açores - Futebol SAD, para uso exclusivo do complexo
desportivo de Ponta Delgada por cinco anos.A
resolução publicada em Diário da República recomenda ao executivo
regional liderado por José Manuel Bolieiro que “declare a invalidade
administrativa, com fundamento em ilegalidade, do protocolo de
utilização do Complexo Desportivo do Lajedo, celebrado a 20 de março de
2025 entre a Direção Regional do Desporto e a Santa Clara Açores -
Futebol, SAD”.Determina ainda que o
Governo Regional garanta que o Complexo Desportivo do Lajedo “permanece
sob gestão pública, assegurando a sua plena utilização pela comunidade
escolar, clubes e associações desportivas da região”.Após
a decisão do parlamento açoriano, a SAD do Santa Clara emitiu um
comunicado onde classificou de “oportunismo e hipocrisia política” a
atitude demonstrada por alguns deputados regionais na discussão dos dois
projetos de resolução sobre o Complexo Desportivo do Lajedo.Segundo
a SAD, “o complexo do Lajedo não foi objeto de qualquer espécie de
protocolo, mas apenas e tão só o seu campo de futebol”.Salientando
que “respeita a liberdade em todas as suas vertentes, incluindo a da
expressão”, a SAD referiu ainda que aceita que, durante a discussão do
assunto, “dois deputados tenham sido mais incisivos na crítica”, mas
considerou “inaceitável” que nunca tenham procurado o clube para
“conhecer a verdade dos factos”.A SAD do
Santa Clara esclareceu também que o protocolo “permitirá ao Governo
Regional dos Açores (em cinco anos) uma poupança na ordem de
1.250.000,00 euros”.