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Parlamento açoriano recomenda ao Governo Regional que complexo do Lajedo permaneça público

A Assembleia Legislativa dos Açores recomenda ao Governo Regional que o Complexo Desportivo do Lajedo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, “permaneça público”, segundo uma resolução publicada em Diário da República


Autor: Lusa/AO Online

O PS e o Chega apresentaram, em setembro, dois projetos de resolução no parlamento açoriano, na cidade da Horta, que foram aprovados por maioria, com votos a favor de PS, Chega, BE, IL e PAN e contra de PSD, CDS-PP e PPM.

As iniciativas foram apresentadas na Assembleia legislativa dos Açores depois de ter sido celebrado em março um protocolo entre a Direção Regional do Desporto e a Santa Clara Açores - Futebol SAD, para uso exclusivo do complexo desportivo de Ponta Delgada por cinco anos.

A resolução publicada em Diário da República recomenda ao executivo regional liderado por José Manuel Bolieiro que “declare a invalidade administrativa, com fundamento em ilegalidade, do protocolo de utilização do Complexo Desportivo do Lajedo, celebrado a 20 de março de 2025 entre a Direção Regional do Desporto e a Santa Clara Açores - Futebol, SAD”.

Determina ainda que o Governo Regional garanta que o Complexo Desportivo do Lajedo “permanece sob gestão pública, assegurando a sua plena utilização pela comunidade escolar, clubes e associações desportivas da região”.

Após a decisão do parlamento açoriano, a SAD do Santa Clara emitiu um comunicado onde classificou de “oportunismo e hipocrisia política” a atitude demonstrada por alguns deputados regionais na discussão dos dois projetos de resolução sobre o Complexo Desportivo do Lajedo.

Segundo a SAD, “o complexo do Lajedo não foi objeto de qualquer espécie de protocolo, mas apenas e tão só o seu campo de futebol”.

Salientando que “respeita a liberdade em todas as suas vertentes, incluindo a da expressão”, a SAD referiu ainda que aceita que, durante a discussão do assunto, “dois deputados tenham sido mais incisivos na crítica”, mas considerou “inaceitável” que nunca tenham procurado o clube para “conhecer a verdade dos factos”.

A SAD do Santa Clara esclareceu também que o protocolo “permitirá ao Governo Regional dos Açores (em cinco anos) uma poupança na ordem de 1.250.000,00 euros”.