Parlamento açoriano aprova proposta do Chega para reabertura da estrada Raminho - Serreta
13 de dez. de 2024, 18:30
— Lusa/AO Online
O projeto de
resolução recomenda ao executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) que promova
as diligências necessárias com vista a apresentar, num prazo máximo de
30 dias, uma solução para a estrada regional que liga as freguesias
Raminho e Serreta, que está interrompida à circulação rodoviária desde
14 de janeiro, devido a uma derrocada provocada por um sismo de 4,5 na
escala de Richter.Na apresentação do
projeto de resolução, o deputado do Chega Francisco Lima pediu à
secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta
Cabral, que “ponha mãos à obra” e reabra a via.O
parlamentar apresentou como solução a construção de “uma estrada
paralela à existente”, alegando que “pedra não falta no local e na
montanha” para construção dos socalcos e dos muros de suporte.Na
discussão que se seguiu, Berta Cabral disse a Francisco Lima que “quem o
ouviu da tribuna terá pensado que nada se fez até agora”.“E
a verdade é que nunca deixámos de estar presentes no local, nunca
deixámos de estar a agir para resolver o problema, só que uma obra
daquela dimensão e com aquela dificuldade de acesso aos taludes, não se
faz de um dia para outro”, notou.A
governante lembrou que logo a seguir à derrocada o executivo lançou um
concurso público de conceção e construção, mas ficou deserto e, neste
momento, o projeto está pronto e a concurso, pelo preço base de 2,4
milhões de euros (mais IVA).“Tudo foi
feito, não foram onze meses sem nada fazer, foram onze meses de muito
trabalho, de muitas soluções, de muitos estudos, de muitos relatórios,
para abrirmos a estrada. Ou acha que não tínhamos vontade de abrir a
estrada? Estamos agora aqui, porquê? Porque queremos abrir a estrada”,
afirmou.“A resolução, por mim, pode ser
aprovada, porque os 30 dias, para nós, já estão decorridos. [O projeto]
está já pronto e a concurso”, acrescentou.Após ouvir Berta Cabral, Francisco Lima vaticinou que o novo concurso “vai ficar deserto”. “Estamos
aqui para apresentar uma solução que é construir um troço de estrada
alternativo àquele. E aquele fica lá, porque o Chega não acredita que
seja possível estabilizar aquele talude, que é demasiado alto”,
salientou.Pelo PSD, Paulo Gomes reconheceu
que o projeto de resolução é pertinente, visto que o assunto tem
preocupado todos, e assegurou “não há ninguém com maior interesse em
resolver este problema” do que o Governo Regional.Contudo,
acrescentou, o problema diz respeito ao talude e não propriamente à
estrada e, se “fosse de fácil resolução, já tinha sido resolvido”.Por
sua vez o socialista José Toste lembrou os alertas feitos pelo partido
relativamente à reabertura da estrada, salientando que as populações
querem “uma resposta rápida”. “Entendemos
que a segurança das pessoas deve estar em primeiro lugar e que as
soluções técnicas devem ser pensadas. […] Da parte do PS, o que
esperamos é que esta seja a solução definitiva”, disse.Já António Lima (BE) considerou o assunto sério, defendendo que a segurança “tem de estar em primeiro lugar”.“Esperemos
que este processo avance e que rapidamente se chegue a uma adjudicação
de uma intervenção naquela estrada, porque não podemos deixar que este
processo se eternize no tempo”, disse.O
parlamentar Nuno Barata, da IL, corroborou que o que está em causa “é a
segurança de pessoas e bens” e que não é fácil encontrar uma solução
técnica para a estrada. O parlamento dos Açores aprovou ainda por maioria a primeira alteração à
Lei n.º 95/2021, de 29 de dezembro, que regula a utilização e o acesso
pelas forças e serviços de segurança e pela autoridade nacional de
emergência e proteção civil a sistemas de vigilância para captação,
gravação e tratamento de imagem e som na atividade da pesca.