Parceiros da Associação de Turismo dos Açores querem rever estatutos
27 de fev. de 2019, 18:59
— Lusa/AO Online
Carlos
Morais preside quinta-feira, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, à
primeira reunião da Assembleia Geral da ATA após as buscas que a
Polícia Judiciária realizou terça-feira na instituição por suspeitas de
"fraude para a obtenção de subsídio, peculato, falsificação de
documentos e participação económica em negócio", tendo o presidente do
organismo, Francisco Coelho, de baixa médica, sido constituído arguido.Os
subscritores da proposta da direção são o seu vice-presidente, Luís
Rego, e João Gonçalves, vogal, adiantou o presidente da assembleia geral
da ATA.A Lusa tentou contactar, sem sucesso, Luís Rego.Mário
Fortuna, presidente da Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA)
e porta-voz do grupo de associados subscritor da outra proposta,
declarou à agência Lusa que se pretende mudar o modelo de governação,
que “está muito concentrado” em três elementos da direção.A
ATA foi crida para “promover a região Açores, como destino turístico de
natureza”, com uma “forte componente experiencial, nos mercados
emissores estratégicos”, visando “aumentar de forma sustentada o volume
de dormidas em todas as ilhas dos Açores, bem como as receitas para
todos os ‘stakeholders’ do sector”.O
Governo dos Açores e o grupo SATA abandonaram recentemente a ATA, mas o
executivo açoriano já declarou que vai manter os contratos programa que
detém com o organismo.Em
relação à investigação em curso à ATA, o presidente do Governo
Regional, Vasco Cordeiro, afirmou que "o único comentário que é possível
fazer nesta circunstância é o de desejar que se esclareça tudo o mais
rapidamente possível, de forma total e completa".A
proposta do grupo de associados, segundo Mário Fortuna, visa passar
para sete a nove elementos a nova direção da ATA, o que permite uma
“maior abrangência na governação geral da instituição", estando ainda
prevista a criação de uma direção executiva de três elementos, bem como a
contratação de um executivo para gerir o dia-a-dia da instituição em
função das políticas a desenhar pela direção.Caso
esta proposta de revisão dos estatutos seja aprovada, os associados vão
poder participar por videoconferência nas assembleias gerais e será
aberta mais do que uma mesa de voto em ilhas diferentes, de acordo com o
líder da CCIA.“Há
aqui um conjunto de propostas que visam agilizar o funcionamento da
instituição e alterar o modelo de governação, visando tornar a ATA mais
participada, o que se impõe com a saída do Governo Regional e da SATA
como associados fundadores”, declarou o empresário.O
também economista considerou que a realização de novas eleições “é
imperativa” até finais de março, esperando que estas tenham lugar já no
âmbito dos novos estatutos.