Papa pede mais atenção aos pobres e mais dignidade no trabalho
25 de dez. de 2021, 12:12
— Lusa/AO online
“Deus
vem preencher com dignidade a dureza do trabalho”, disse o Papa,
durante a celebração da Missa do Galo, que, por causa das restrições
impostas no âmbito da luta contra a pandemia de covid-19, se realizou no
final da tarde de sexta-feira.“Deus
lembra-nos o quanto é importante dar dignidade ao Homem com o trabalho.
Mas também é importante dar dignidade ao trabalho do Homem. Porque o
Homem é senhor, e não escravo, do trabalho”, disse Francisco.Na
homilia, o Papa recordou que Jesus de Nazaré nasceu como “uma criança
pobre envolta em panos”, rodeado de pastores que trabalhavam a cuidar
dos seus rebanhos.“Esta
é a mensagem: Deus não sobe na grandeza, mas desce na humildade. A
humildade é o caminho que Ele escolheu para chegar até nós”, explicou
Francisco, pedindo mais atenção para os desfavorecidos e mais
vulneráveis.“Aceitar
a humildade significa também abraçar Jesus nos desfavorecidos de hoje.
Isto é, amá-lo nestes últimos, servi-Lo nos pobres. (…) Que um só medo
nos invada nesta noite de amor: ferir o amor de Deus, ferir desprezando
os pobres com a nossa indiferença”, disse o Papa.Mas
Francisco não se dirigiu apenas aos fiéis do mundo na sua homilia, mas
também à hierarquia da igreja católica, apelando à sua unidade e à
prática da caridade.“Queridos
irmãos e irmãs, voltemos a Belém, voltemos às origens. Voltemos aos
fundamentos da fé, ao primeiro amor, à adoração e à caridade (...) Que
Deus nos permita ser Igreja adoradora, pobre e fraterna”, pediu o Papa.O
Papa celebrou a missa e percorreu o corredor central da Basílica de São
Pedro sem máscara de proteção individual contra a covid-19, mas todos
os fiéis que assistiram à cerimónia foram obrigados ao uso dessa
proteção.O
secretário de Estado do Vaticano impôs, na quinta-feira, a
obrigatoriedade de vacinação a todos os funcionários do Vaticano, exceto
aqueles que já recuperaram da doença de covid-19.Até
agora, apenas os funcionários que lidavam diretamente com o público –
como os funcionários do Museu do Vaticano ou os elementos da Guarda
Suíça - tinham de estar vacinados.