Autor: Lusa/AO Online
Leão XIV telefonou ao cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, que visitou, em conjunto com o patriarca ortodoxo Teófilo, as famílias das vítimas e a comunidade afetada, levando solidariedade e ajuda humanitária.
No telefonema, que apanhou os dois líderes religiosos à entrada do enclave, o Papa expressou a sua “solidariedade, cuidado, oração, apoio e desejo de fazer todo o possível para alcançar não só um cessar-fogo, mas também o fim desta tragédia”, adiantou Pizzaballa à rádio Vaticano News.
O ataque de quinta-feira à única igreja católica da Faixa de Gaza provocou três mortos e 11 feridos, entre os quais o padre argentino Gabriel Romanelli, a quem Papa Francisco telefonava diariamente desde o início da ofensiva israelita no enclave palestiniano.
“O Papa Leão tem afirmado repetidamente que é tempo de pôr fim a este massacre, que o que aconteceu é injustificável e que devemos garantir que não há mais vítimas”, afirmou o patriarca latino de Jerusalém.
Leão XIV já tinha pedido na quinta-feira “um cessar-fogo imediato” em Gaza e expressado a sua “profunda esperança de diálogo, reconciliação e paz duradoura na região”.
Assim que soube do ataque à Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza, o Papa admitiu ter ficado “profundamente triste”.
Esta igreja costuma ser um ponto de abrigo de muitos deslocados devido ao conflito na Faixa de Gaza, iniciado em outubro de 2023.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
A retaliação de Israel já provocou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.