Papa doa 200 mil euros para migrantes na fronteira polaca e vítimas de tufão nas Filipinas
18 de jan. de 2022, 16:11
— Lusa/AO Online
O
Papa “decidiu enviar uma contribuição de 100.000 euros para ajudar
grupos de imigrantes retidos entre a Polónia e a Bielorrússia e para que
a [organização humanitária católica] Caritas Polónia consiga lidar com a
crise migratória na fronteira entre os dois países”, avançou em
comunicado o dicastério (ministério) para o Serviço de Desenvolvimento
Humano Integral.Milhares de iraquianos,
sírios e iemenitas, entre outras nacionalidades, estão concentrados nas
fronteiras entre a Bielorrússia e a Polónia, Lituânia e Letónia -
membros da União Europeia - desde agosto, quando o regime do Presidente
bielorrusso, Alexander Lukashenko, liberalizou o regime de vistos para
vários países do Médio Oriente. Os países
europeus têm respondido com um reforço da proteção das fronteiras e com a
expulsão daqueles que conseguem passar, o que deixou muitas pessoas
presas em ‘terra de ninguém’, já que o exército bielorrusso os continua a
“empurrar” para a Europa.Embora não haja
um número definitivo de quantos migrantes estão nesta situação – muitos
deles a viver nas florestas da região, sob temperaturas negativas e sem
alimentação ou roupa quente -, fontes do Governo da região autónoma
curda do Iraque avançaram, em novembro, que 7.000 a 8.000 curdos estavam
entre os migrantes retidos nas fronteiras europeias.O
Papa decidiu por outro lado doar também 100.000 euros para as vítimas
do tufão Rai, “que atingiu as Filipinas com extraordinária força,
afetando, segundo fontes da ONU, cerca de 8 milhões de pessoas em 11
regiões e causando enormes danos materiais”, segundo o dicastério.Francisco
decidiu enviar “uma primeira contribuição nesta fase da emergência para
ajudar a população”, acrescentou a mesma fonte, referindo que “esta
quantia de dinheiro será enviada à Igreja local e distribuída, em
colaboração com a nunciatura apostólica das Filipinas, às dioceses mais
afetadas pela calamidade para ser usada em obras de socorro”.Mais de 400 pessoas morreram e 1.100 ficaram feridas pela passagem do Rai pelas Filipinas, em dezembro.O
tufão, que provocou rajadas de vento de até 240 quilómetros por hora,
obrigou também a que mais de 500.000 pessoas fossem deslocadas das suas
casas, num total de 4,4 milhões de pessoas afetadas de alguma forma.A
contribuição do Papa “faz parte da ajuda que está a ser ativada em toda
a Igreja Católica e que envolve, além de várias conferências
episcopais, inúmeras organizações de caridade”, concluiu o dicastério.