Papa defende bispo chileno Juan Barros e diz que acusações "são calúnias"
18 de jan. de 2018, 16:47
— Lusa/AO online
“No
dia em que trouxerem uma prova contra o bispo Barros, eu falarei”,
declarou o pontífice aos jornalistas à chegada à cidade Iquique, onde
celebrou a terceira e última missa da sua visita ao Chile.“Não há uma única prova, tudo é calúnia", disse Jorge Mario Bergoglio.Durante
a sua visita ao Chile, que termina hoje, o papa Francisco encontrou-se
com um grupo de chilenos vítimas de abuso sexual por parte de
sacerdotes, e pediu desculpa “pelos danos irreparáveis” sofridos.A
chegada de Francisco fez reviver o escândalo dos sacerdotes que
abusaram de crianças, tendo a organização Bishop Accountability
publicado esta semana uma lista de 80 clérigos acusados de abusos
sexuais de menores no país sul-americano.O
papa aterrou na noite de segunda-feira na capital chilena para uma
visita ao país, tendo já ocorrido protestos contra os abusos sexuais
realizados por padres e demonstrações de ceticismo face à Igreja
Católica Romana. Algumas
igrejas foram incendiadas e a polícia teve que recorrer a gás
lacrimogéneo e canhões de água para por fim a um protesto contra o papa
Francisco. Esta é a primeira visita do papa a esta nação com 17 milhões de habitantes, desde que assumiu o papado, em 2013. A
viagem acontece numa altura em que muitos chilenos estão descontentes
com a decisão de Francisco, tomada em 2015, de nomear um bispo próximo
do reverendo Fernando Karadima, que o Vaticano considerou culpado, em
2011, de abusar sexualmente de dezenas de menores ao longo de décadas. Depois do Chile, o papa segue para o Peru para uma visita oficial e apostólica de três dias.