Papa associa-se a pedido de trégua olímpica proposta pela ONU
Paris2024
14 de jun. de 2024, 10:57
— Lusa/AO Online
"No
momento histórico particularmente sombrio que estamos a viver, os Jogos
Olímpicos e Paralímpicos de Paris são uma oportunidade para a paz.
Pensando novamente no valor da trégua olímpica, proposta pelas Nações
Unidas, a minha esperança é que o desporto possa construir pontes,
derrubar barreiras e promover relações pacíficas de forma concreta",
escreve o Papa no prefácio do livro "Jogos da Paz. A alma dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos", uma iniciativa da Athletica Vaticana, que foi
hoje divulgado.A edição de 2024 dos Jogos Olímpicos vai ser disputada em Paris, entre 26 de julho a 11 de agosto.Tradicionalmente,
a Organização das Nações Unidas (ONU) decreta uma trégua olímpica, que
começa uma semana antes dos Jogos e termina uma semana depois.Segundo
o líder da Igreja Católica, “o autêntico espírito olímpico e
paralímpico é um antídoto para a tragédia da guerra e para se redimir,
pondo fim à violência”.Francisco
manifestou também a sua esperança na aceitação do “apelo a uma trégua
que emerge da linguagem olímpica popular comum, compreensível para
todos, em todas as latitudes”.“A minha
esperança é que o desporto olímpico e paralímpico - com as suas
comoventes histórias humanas de redenção e fraternidade, de sacrifício e
lealdade, de espírito de equipa e inclusão, possa ser um canal
diplomático original para superar obstáculos aparentemente
intransponíveis", sublinhou ainda.Os
Presidentes francês e chinês, Emmanuel Macron e Xi Jinping, já também já
se tinham associado a este apelo, que, a ser aceite, iria permitir
pausas em conflitos em locais como a Ucrânia ou Gaza.O
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, rejeitou a ideia, por não
confiar no homólogo russo, Vladimir Putin, e por não acreditar que o
chefe de Estado retiraria as suas tropas.Zelensky questionou se a Rússia não iria aproveitar a trégua para levar as suas tropas para o território ucraniano.