Em conferência de imprensa na sede do partido,
a deputada do PAN não quis, contudo, comprometer-se com o sentido de
voto no partido na votação final global, prevista para 26 de novembro.“Neste
momento, está tudo em aberto em relação à votação final global, o que
esperamos é o cumprimento por parte do PS e do Governo àquilo que é um
conjunto de preocupações que esperamos ver consagradas na especialidade.
Fica aberta a porta para se poder trabalhar o orçamento na
especialidade”, afirmou Inês Sousa Real.A
deputada do PAN afirmou que, nas negociações com o Governo, o partido
“não só exigiu consequências relativamente ao que ficou inscrito” no
Orçamento do Estado para 2020, como já assegurou que “o Orçamento para
2021 que entrou no parlamento não será o mesmo que vai sair no final da
discussão em especialidade”.“Embora seja
um caminho mais difícil de percorrer, o do diálogo e o da construção de
pontes, é um caminho exigente, do qual não nos demitimos, no âmbito dos
compromissos assumidos com as pessoas que confiam no PAN e, desta forma,
dar resposta às suas preocupações”, defendeu.Inês
Sousa Real apontou como como objetivo do partido que “este seja um
orçamento melhor para o país, para as pessoas, para os animais e para a
natureza”.“Por isso, e porque nesta fase o
conteúdo do orçamento final está em aberto e há espaço para avanços em
sede de especialidade, contando que o Governo e o PS não retrocedam nos
compromissos já assumidos, não podendo votar a favor deste orçamento, o
PAN vai abster-se na generalidade”, justificou.