PAN quer apoios aos bombeiros e combate à seca no Orçamento dos Açores para 2025
17 de set. de 2024, 08:52
— Lusa/AO Online
“Veremos
se há uma ponte. Se o governo quiser falar com o PAN, obviamente
falaremos de antemão, antes de o Orçamento ser apresentado no
parlamento, para que eles não sejam apanhados de surpresa com um valor
acrescentado à dotação”, declarou Pedro Neves.O
deputado único do PAN no parlamento açoriano falava aos jornalistas na
sede da Presidência do Governo Regional, em Ponta Delgada, após uma
reunião com o líder do executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM), que está a
ouvir os partidos e organizações a propósito do Orçamento da região para
2025.Pedro Neves, cujo sentido de voto
não é decisivo para a aprovação do Orçamento, alertou que é necessário
existir um “apoio maior” para mitigar os efeitos da seca, defendendo um
combate às alterações climáticas de forma preventiva.“É
um problema que vem das alterações climáticas, a seca extrema e seca
severa em algumas ilhas. Há uma redução da pluviosidade nos Açores. Tem
de haver uma prevenção. Tem de ser da parte do governo, como da parte
dos agricultores, que são quem gasta mais água”, assinalou.E
acrescentou: “Se houver uma simplificação da estratégia da parte do
governo relativamente a cada agricultor fazer a sua própria retenção da
água, aí já temos a prevenção”.O líder regional do PAN/Açores defendeu um reforço dos apoios aos bombeiros no próximo Orçamento da região.“Os
nossos bombeiros têm tido um abraço de leão por parte do Governo
[Regional] e não um abraço naquilo que nós queremos para os bombeiros
dos Açores”, vincou.Pedro Neves reiterou,
também, a importância de investir na saúde e em medidas de proteção
animal e rejeitou enumerar as linhas vermelhas do partido para uma
eventual viabilização do Orçamento.“É um ano atípico. É um ano onde temos dois Orçamentos regionais e quase metade do ano em duodécimos”, salientou.O Plano e o Orçamento dos Açores para 2025 vão ser discutidos e votados na Assembleia Regional em novembro.O
executivo saído das eleições legislativa antecipadas de 04 de fevereiro
governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por
isso, necessita do apoio de outro partido ou partidos com assento
parlamentar para aprovar as suas propostas.No
sufrágio de fevereiro, PSD, CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando
a três da maioria absoluta. O PS é a segunda força no arquipélago, com
23 mandatos, seguido do Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um
deputado regional cada, completando os 57 eleitos.