Autor: Lusa/AO Online
Numa análise preliminar à proposta do Governo do Orçamento do Estado para 2021, a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, apontou que o documento é "mais do mesmo, de continuidade" e "não tem rasgo" nem ambição.
"Neste momento estamos a analisar o orçamento. A nossa comissão política nacional terá também que se pronunciar. Tal como está o orçamento, estamos muito distantes de aquilo que possa ser um voto favorável ao orçamento", adiantou.
Para o PAN, "o Governo tem de ser mais ambicioso naquilo que é a viragem deste orçamento". Apesar de terem sido acolhidas algumas propostas do partido, o documento "está muito aquém das necessidades para o país", sustentou.
"Tem de haver uma maior abertura para que este orçamento não tenha a marca exclusiva do PS", pediu, lembrando que os socialistas não têm maioria absoluta e por isso o OE2021 "tem de respeitar a representatividade de todas as forças políticas" no parlamento.
De acordo com Inês Sousa Real, "independentemente da marca política" que cada um dos partidos "deseja ter neste orçamento", é fundamental que nenhuma força política se demita de dar o seu contributo "seja na generalidade seja na especialidade".
"Mesmo que, por mera hipótese, votássemos contra este orçamento isso não significaria que deixávamos de apresentar as nossas propostas para a especialidade", assegurou.
A deputada do PAN deixou claro que "neste momento está tudo em aberto" uma vez que "o Governo demonstrou especialidade para continuar a negociar com o PAN", um caminho que o partido promete fazer.