PAN/Açores quer respostas sobre rastreio do cancro do pulmão e vacinação contra HPV
8 de jan. de 2025, 16:32
— Lusa/AO Online
“A representação parlamentar
do PAN/Açores solicitou esclarecimentos ao Governo Regional sobre, entre
outros, o ponto de situação do reforço campanha de vacinação contra o
vírus do papiloma humano (HPV), bem como do rastreio do cancro do
pulmão”, adiantou o partido em nota de imprensa.O
PAN recordou que aquelas duas iniciativas resultaram de propostas do
partido aprovadas na Assembleia Legislativa durante a legislatura
passada.O partido questionou, também, o
executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) sobre os “tempos máximos de reposta
dos programas de rastreio” e pelos “resultados do estudo oncológico
encomendado em 2018”.“É fundamental que o
Governo [Regional] nos forneça uma atualização clara sobre o avanço das
ações propostas, bem como os recursos alocados e as estratégias
adotadas. A saúde da população açoriana deve constituir prioridade”,
afirmou o deputado do PAN na Assembleia Regional, Pedro Neves, citado no
comunicado.A posição do partido surgiu
após uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC) à Estratégia Regional de
Prevenção e Combate às Doenças Oncológicas dos Açores, divulgada
segunda-feira, que revelou que a doença oncológica representou 27% dos
óbitos entre 2017 e 2022 no arquipélago, estimando-se que existam mais
de mil novos casos de cancro na região.O
PAN/Açores defendeu ser “fundamental” a “erradicação do HPV por meio da
inoculação completa da atual população alvo”, uma vez que aquele vírus é
“responsável por praticamente todas as lesões pré-oncológicas”.O
partido alerta que a deteção precoce do cancro do pulmão é “primordial
no aumento das taxas de sobrevivência” daquela doença oncológica, “que é
uma das principais causas de morte nos Açores”.De
acordo com auditoria do TdC, de 2017 a 2023 foram realizados 246.229
rastreios aos cancros da mama, colo do útero, cólon e reto e da cavidade
oral (dos quais 115.665 entre 2021 a 2023), que foram responsáveis pela
deteção de 75,6% dos novos casos identificados na região (510).O
tribunal destacou a importância de concluir o estudo adjudicado pelo
Governo Regional em 2018 sobre os “fatores de risco específicos para o
cancro nos Açores”, que poderá ser um “relevante contributo” para o
combate ao cancro na região.