PAN/Açores pede esclarecimentos sobre alegada incineração de nafta
8 de dez. de 2023, 10:40
— Lusa /AO Online
O partido explica, numa nota de imprensa, que "tomou conhecimento, por via de uma denúncia, de que empresas da região recorrem à queima de nafta para produção de vapor e aquecimento", alertando que o alegado procedimento "desrespeita os limites legalmente permitidos da emissão de gases com efeito estufa provenientes dessa queima".O PAN teve também conhecimento de que a fiscalização da medição desses gases "tem sido deficiente" e há "suspeitas de que o redutor das caldeiras é alterado" quando são realizadas as fiscalizações, para que os níveis de emissões fiquem dentro dos valores legalmente permitidos.A emissão desses gases, alerta, “contribui para os crescentes impactos das alterações climáticas, sem prejuízo dos problemas de saúde pública associados ao sistema respiratório e cardiovascular".Por isso, o PAN questiona o Governo Regional sobre o motivo de este fuel pesado ser utilizado por empresas de vários setores nos Açores, em detrimento de "uma aposta na transição para práticas mais sustentáveis" e com menor impacto ambiental, como os queimadores elétricos industriais.Esta, acrescenta a estrutura partidária, é uma matéria de extrema importância, pelo que se deve reforçar a rede elétrica regional, “por forma a permitir às empresas uma aposta forte na transição energética, substituindo as caldeiras industriais para queima de nafta por caldeiras elétricas, colocando termo à queima de nafta na região".Citado na nota de imprensa, o deputado único do PAN no parlamento açoriano, Pedro Neves, afirma que "é inconcebível" recorrer ainda "a combustíveis extremamente nocivos para a saúde pública e ambiental".Também hoje, a estrutura regional partidária anunciou a entrega de um requerimento ao Governo Regional liderado pelo social-democrata José Manuel Bolieiro para saber que medidas estão a ser tomadas para apoiar as famílias com crianças diagnosticadas com perturbações do espetro do autismo.Após uma reunião com cidadãos do Faial sobre “a falta de apoio e respostas por parte das escolas e unidades de saúde”, o partido diz ter relatos de longas listas de espera para serviços terapêuticos no hospital da Horta e de ausência de respostas às necessidades educativas especiais destes menores.Por isso, defende, é necessário ter mais profissionais nas áreas de terapia da fala, terapia ocupacional, pedopsiquiatria, psicomotricidade e fisioterapia.“De acordo com o Relatório de Contas do Hospital da Horta, em 2021 e 2022 cerca de 8% dos profissionais contratados eram técnicos de diagnóstico e terapêutica, distribuídos por 17 especialidades, sendo que apenas três - fisioterapia, terapia da fala e terapia ocupacional – se destinam a crianças com este diagnóstico”, indica.