Autor: Lusa/AO Online
“Não será o PAN que vai ser uma âncora desta anteproposta e do Orçamento, não será da nossa responsabilidade. Não é da nossa responsabilidade, mas não vamos ser nós, também, a meter areia na engrenagem, que já não está a funcionar muito bem”, afirmou Pedro Neves.
O deputado falava na sede da Presidência, em Ponta Delgada, após uma reunião com o líder do Governo Regional, José Manuel Bolieiro, que recebeu hoje os partidos e parceiros sociais a propósito da elaboração do Plano e Orçamento para 2026.
O líder do PAN defendeu que a situação da região, que tem um “problema de liquidez”, exige “responsabilidade” por parte dos partidos.
“Estamos um pouco assustados relativamente a 2026, é preciso responsabilidade de todos os partidos”, reforçou.
Pedro Neves destacou que o executivo açoriano, “além de retirar gorduras”, tem de “aumentar as receitas” da região, já que a Lei de Finanças Regionais “nunca vai acontecer” no próximo Orçamento do Estado.
“Obviamente que é preocupante. Se não houver os pés bem assentes na terra, maturidade e ao mesmo tempo competência, vamos ter um 2026 muito complicado para os Açores”, avisou.
O deputado prometeu que o partido vai dar “aportes” para o próximo Orçamento, mas garantiu que serão medidas com “custo zero”.
“Não vamos entrar em demagogia dentro deste Orçamento, nem vamos meter medidas que à partida até podem ser aprovadas devido a uma coligação negativa”, assegurou.
A discussão e votação do Plano e Orçamento dos Açores para 2026 vai acontecer em novembro na Assembleia Legislativa Regional.
O Plano e Orçamento da região para 2025 foram aprovados em novembro de 2024 com os votos a favor do Chega e dos partidos da coligação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), tendo PS, BE, IL e PAN votado contra.
O executivo saído das eleições legislativas antecipadas de 04 de fevereiro de 2024 governa a região sem maioria absoluta no parlamento açoriano e, por isso, necessita do apoio de outros partidos com assento parlamentar para aprovar as suas propostas.
PSD,
CDS-PP e PPM elegeram 26 deputados, ficando a três da maioria absoluta.
O PS é a segunda força no arquipélago, com 23 mandatos, seguido do
Chega, com cinco. BE, IL e PAN elegeram um deputado regional cada,
completando os 57 eleitos.