PAN/Açores diz que "não é o momento" para partidos exigirem "moedas de troca" no orçamento
15 de set. de 2022, 19:45
— Lusa/AO Online
“A
responsabilidade e maturidade dos políticos tem de vir ao de cima. Tem
de haver solidez neste orçamento. Deve ser muito virado para a parte
social, para necessidades da parte da energia. Temos algumas
alternativas e temos de nos robustecer nessas alternativas. Não podemos é
reduzir o orçamento com 15 ou 20 milhões [de euros]. Este é o momento
de apoiar as pessoas. Não é a altura de reduzir o orçamento. O PAN não
está para isso”, avisou Pedro Neves.O
deputado único do PAN no parlamento regional falava após uma reunião com
o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, que está
a receber os partidos políticos a propósito da elaboração das
antepropostas de Plano e Orçamento para 2023, que devem ser discutidas
em novembro na Assembleia Regional.“Se esperam que o PAN seja irresponsável e precise de moeda de troca, nós não vamos ser irresponsáveis”, sublinhou. Pedro
Neves fez mesmo um pedido “aos outros partidos” porque é necessário
“dar mais confiança em termos de política para os açorianos”. “Não é altura de estarmos a pedir moedas de troca”, frisou.De acordo com o parlamentar, os partidos podem “ter medidas negociadas, mas não moedas de troca”. “O PAN também vai ter [medidas apresentadas] e vamos ter de chegar a um consenso”, observou.Questionado sobre se o PAN pondera votar contra se esse consenso não for atingido, o deputado disse que sim.“O
PAN pode votar contra, mas não temos incidência parlamentar. Se não
chegarmos a acordo, podemos votar de forma completamente diferente. Nós
não temos incidência parlamentar e isso faz a diferença”, justificou.O
deputado assinalou que o Governo manifestou “abertura para receber
algumas medidas do PAN, como foi feito no primeiro ano de orçamento” do
atual executivo. Questionado sobre as
medidas que estavam a ser negociadas com o executivo, Pedro Neves
referiu a remuneração complementar, a progressão na carreira da
administração pública, a energia renovável, o ambiente, os animais e os
apoios sociais para dar resposta à inflação.