PAN/Açores apresenta queixa na GNR sobre alegado abate de gamos nas Flores
11 de out. de 2024, 11:47
— Lusa/AO Online
De acordo com o PAN, que refere
ter tomado conhecimento da situação através de denúncias, estará em
causa um alegado "abate indiscriminado de gamos na Reserva Florestal do
Lugar da Fazenda, na freguesia e concelho de Santa Cruz das Flores", que
terá ocorrido na quinta-feira."Entre os
animais abatidos, há suspeitas de que se incluam fêmeas gestantes,
agravando as preocupações quanto ao respeito pelos preceitos de
bem-estar animal", denuncia o PAN, numa nota de imprensa, alertando que
poderá estar em causa "a reincidência deste cenário", já que no ano
passado ocorreu "o abate de cerca de 20 gamos no mesmo lugar".O
PAN/Açores adianta que também já interpelou, por escrito, o Governo
Regional com o intuito de esclarecer "a autenticidade das denúncias".O
partido quer ainda perceber que medidas foram implementadas, desde
agosto do ano passado, para controlar a população de gamos na ilha das
Flores e nas outras reservas florestais onde estes animais habitam,
designadamente Monte Brasil (Terceira) e Pinhal da Paz (São Miguel).O
PAN condena que o alegado abate "indiscriminado" de gamos nos Açores
possa estar a ser feito para controlo populacional, considerando que
seria "uma medida arcaica" que reflete "um retrocesso civilizacional em
termos de bem-estar animal"."Urge ouvir os
alertas dados e implementar medidas preventivas de controlo da
população como a esterilização e castração", defende. Caso
sejam confirmadas as suspeitas, o PAN repudia veemente "tais atos que
vitimaram cerca de 10 animais, aparentemente, perfeitamente integrados
em meio natural" e exige que sejam tornados públicos os motivos que
levaram a este abate. Para o deputado
único do PAN no parlamento açoriano e porta-voz regional do partido,
Pedro Neves, o executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM) está a transmitir "um
sinal errado à sociedade" e deveria "liderar pelo exemplo",
implementando medidas que "não colidissem com o bem-estar animal,
especialmente quando o combate aos maus-tratos a animais está na agenda
política e são investidas verbas do erário públicos para combater esse
flagelo”.