Países da UE discutem hoje resposta urgente e coordenada à nova variante
Covid-19
21 de dez. de 2020, 08:53
— Lusa/AO Online
A informação
foi avançada no domingo pelo porta-voz da atual presidência alemã da
UE, Sebastian Fischer, que numa publicação na sua conta oficial da rede
social Twitter indicou que a Alemanha “convidou os Estados-membros para
uma reunião urgente” do Mecanismo Integrado da UE de Resposta Política a
Situações de Crise (IPCR).A reunião é
realizada por videoconferência, dada a pandemia, e arranca pelas 11:00
de Bruxelas (10:00 em Lisboa), tendo como único ponto da agenda a
“coordenação das respostas da UE à recém identificada variante da
covid-19 no Reino Unido”, segundo Sebastian Fischer.O
IPCR foi ativado pela primeira vez no âmbito da pandemia de covid-19 em
janeiro deste ano, ainda na então presidência croata da União, para os
países partilharem informações entre si, e tem-se mantido ativo também
na liderança alemã da UE dada a situação epidemiológica na Europa.A
ativação deste mecanismo é o quadro da UE para a coordenação de crises
transfronteiriças ao mais alto nível político, apoiando a tomada rápida e
coordenada de decisões em situações de crise graves e complexas.Da
reunião de hoje de manhã deverá resultar uma abordagem coordenada à
nova variante, numa altura em que os Estados-membros equacionam medidas
como a suspensão de viagens com o Reino Unido ou a introdução da
obrigatoriedade de realização de testes para quem chega do país.Ainda
assim, foram já alguns países que anunciaram medidas, entre os quais
Portugal, que decretou, a partir de hoje, restrições à entrada de
passageiros de voos provenientes do Reino Unido, permitindo apenas a
entrada de cidadãos nacionais ou legalmente residentes no país.Segundo
o Instituto Ricardo Jorge, ainda não foram identificados em Portugal
casos da nova variante do SARS-CoV-2, que é até 70% mais contagiosa.Outros
Estados-membros como Alemanha, Holanda, Bélgica, Itália, Áustria,
França e Bulgária também adotaram medidas restritivas, como suspensão de
viagens aéreas ou ferroviárias.As
autoridades britânicas alertaram a Organização Mundial da Saúde sobre a
descoberta da nova variante do SARS-CoV-2, que é mais facilmente
transmissível, embora não haja provas de que seja mais letal ou que
possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas.