Pai de recém-nascido entra armado no hospital para levar o filho

Sociedade

2 de nov. de 2010, 18:20 — Lusa/AO online

Em declarações à Agência Lusa, o director do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia do hospital, Vítor Caeiro, explicou que o pai do bebé, nascido segunda-feira, cerca das 16:00 locais, “conseguiu entrar na maternidade, na hora normal de visita, ludibriando o segurança, e resolveu cortar a pulseira electrónica do recém-nascido e fugir". Ao cortar a pulseira do recém-nascido, segundo o mesmo responsável, o homem “activou o alarme e o encerramento da porta da maternidade”, mas ainda teve tempo para “sair com o bebé ao colo a correr”. Enquanto o pai da criança actuava, “os outros indivíduos armados com facas na mão terão ameaçado os vários seguranças do hospital para não interferirem no processo”, porque “era interesse da família que o bebé não fosse para adopção”, contou. Este acto, “menos ortodoxo”, disse, terá sido motivado pelo facto de a mãe da criança ter sido informada que “o bebé não iria ter alta, devido a um processo de averiguações, no sentido de, eventualmente, a assistência social tomar conta da criança”. Nesta família, “em gravidezes anteriores, já houve uma sinalização por parte da Segurança Social e da Comissão de Protecção de Menores e tinha havido uma ordem de restrição do tribunal para uma protecção ao menor”, revelou, adiantando que “alguns filhos do casal terão sido retirados e adoptados”.