Autor: Lusa/AO Online
Pacheco de Amorim conseguiu 35 votos favoráveis e Cotrim Figueiredo 108, aquém dos 116 votos necessários para obterem a maioria absoluta e serem eleitos.
O candidato do Chega teve 183 votos brancos e seis nulos, enquanto João Cotrim Figueiredo teve 110 brancos e seis nulos.
Apenas o Chega vai voltar a indicar um candidato a vice-presidente, já que a Iniciativa Liberal desistiu desse direito regimental.
Tal como tinha anunciado, o Chega mudou o nome do candidato a vice-presidente, apresentando Gabriel Mithá Ribeiro na segunda votação.
A eleição do vice-presidente indicado pelo Chega vai ser repetida de imediato, mas apenas uma vez, decidiu na terça-feira a conferência de líderes.
A sessão plenária da Assembleia da República será retomada pelas 18:15.
Caso depois dessa repetição continuem a não existir votos suficientes para a eleição do ‘vice’ indicado pelo Chega, a conferência de líderes decidiu que o assunto será tratado "em momento futuro" e a Mesa iniciará funções.
Segundo o Regimento, cada um dos quatro maiores grupos parlamentares (nesta legislatura, PS, PSD, Chega e IL) propõe um vice-presidente e, tendo um décimo ou mais do número de deputados, pelo menos um secretário e um vice-secretário.
Só são eleitos os candidatos que obtiverem a maioria absoluta dos votos dos deputados em efetividade de funções e, se algum dos candidatos não tiver sido eleito, “procede-se de imediato, na mesma reunião, a novo sufrágio para o lugar por ele ocupado na lista”, até estar eleito o presidente do parlamento e metade dos restantes membros da Mesa, altura em que considera atingido “o quórum necessário ao seu funcionamento”.
“Terminada a reunião, mesmo não estando preenchidos todos os lugares vagos, o presidente comunica a composição da Mesa, desde que nela incluídos os vice-presidentes, ao Presidente da República e ao primeiro-ministro”, acrescenta o Regimento.
Já houve no passado nomes propostos para membros da Mesa que falharam a eleição, incluindo para o lugar de presidente da Assembleia da República.
Na
XV legislatura, o Chega é a terceira força política, com 12 deputados,
depois do PS (120) e do PSD (77). Seguem-se IL (oito deputados), PCP
(seis) e BE (cinco). O PAN e o Livre têm um deputado cada.