Outono Vivo arranca esta sexta feira com 17 dias dedicados à cultura
25 de out. de 2019, 14:22
— Tatiana Ourique / AO Online
O Outono Vivo começou
como feira do livro e hoje é “já conhecido a nível nacional”, o que tem
facilitado a composição do cartaz com nomes nacionais, adiantou Carlos Armando
Costa, vereador da cultura na Praia da Vitória.
Este ano assinala-se o
centenário no nascimento de Sophia de Mello Breyner e a Praia da Vitória
dedica-lhe esta edição.
O XIV Outono Vivo arranca
esta sexta feira, 25 de outubro, com a inauguração das exposições de Ana Maria
Ferraz da Rosa (pintura), Tânia Gaspar (aguarela) e João Telmo (fotografia). O
pano do Auditório do Ramo Grande abre-se pela primeira vez no Outono Vivo para
receber o espetáculo “Músicas deste Século” do coro feminino praiense Pactis.
A partir desta sexta
feira- e até 10 de novembro- poderá visitar as exposições e a feira do livro
todos os dias a partir das 10h00.
O dia 26 de outubro
inclui a apresentação do grupo PEN (poetas, ensaístas e romancistas), uma mesa
redonda subordinada ao tema “Literatura e Sociedade” com Vamberto Freitas, Luís
Filipe Sarmento, Ernesto Rodrigues, Teolinda Gerson e Álamo Oliveira. Henrique
Levy vai também apresentar o livro “Maria Bettencourt – Uma Mulher Singular”.
Maria João Fialho Gouveia apresenta a obra “Dona Filipa e D. João I – Unidos
pelo Amor e pelo Reino”. Júlio Isidro apresenta “O Programa segue dentro de
Momentos” e segue-se uma sessão de “Conversas às 8” sobre Medicar na Infância
que inclui também o lançamento do livro “Zuim” de Flávia Medeiros.
A 27 de outubro a
programação começa com a exibição do filme “O Garoto” de Charles Chaplin. O
Instituto Açoriano de Cultura lança a “Revista Atlântida – 2019”, a
apresentadora Fátima Lopes apresenta, pelas 16h00, o livro “Fátima, o Meu
Caminho a Minha Fé” e a jornalista e escritora brasileira Luciene Balbino
apresenta o seu “De Eva a Madalena”. O domingo termina com o lançamento do
primeiro livro de Diogo Ourique, o jovem escritor terceirense convidou Nuno
Costa Santos para apresentar a obra “Tirem-me deste Livro”.
Na segunda feira estão
agendadas as apresentações de “O Avesso do Arquipélago”, de Beatriz Amaral e a
tertúlia com o tema da exposição fotográfica patente no certame “Ginoceu
Androceu”, de João Telmo que convida a atriz Soraia Chaves para a conversa.
Pelas 21h30 a “filha de coração” da Terceira, Lúcia Moniz, contracena com o
ator Pedro Lamares na peça “Para Atravessar contigo o Deserto do Mundo”, no
auditório municipal.
Terça feira, 29 de
outubro, José Santos vai ministrar um workshop sobre “Orquídeas”, Carlos Ávila
de Borba apresenta o livro “Felicidade à Espera” com leituras do ator Ricardo
Carriço e Cláudia Cardoso e acordes do músico Cristóvam. No ciclo “O Filme da
Minha vida” a atriz Soraia Chaves escolheu e comentou “O Apartamento” de Billy
Wilder, que será exibido pelas 21h00.
A quarta feira, 30 de
outubro, começa com teatro para os petizes, com a peça “A Bonequinha Tagarela”
com Fernando Terra e Letícia Terra. Álamo Oliveira apresenta a obra “Fui Ao Mar
Buscar Laranjas” de Pedro da Silveira.
Também a noite das bruxas
é dedicado à cultura. A 31 de outubro Marine Antunes apresenta o seu livro
“Teorias de uma NOT Atinadinha” e Teresa Vieira apresenta a obra “Aurora”. O
serão da noite de terror termina com cinema alusivo à temática do dia: o filme
“IT”.
O feriado de “Todos os
Santos” arranca com a apresentação do livro “O Rapto” de Dimas Simas Lopes e da
obra “As Aventuras do Lóló” de Beatriz Garcia. A “Autobiografia” de José Luís
Peixoto também terá lugar de destaque no festival cultural na Praia da Vitória
e Miguel de Sousa Tavares e Joel Neto compõem um painel de “Conversa com os
Escritores” aquando da apresentação da obra do filho de Sophia de Melo Breyner
intitulada “Cebola Crua com Sal e Broa – Da Infância para o Mundo”. A
programação do feriado termina com o concerto musical “Suite para Flauta e Trio
de Jazz” com Rodrigo Lima, Antonella Barletta, Paulo Cunha e Luís Costa.
No
sábado, 2 de outubro, são apresentadas 3 obras: “O Livro dos Fazeres”, de
Mariana Barbosa, “Jovem e Saudável em 21 Dias”, de Alexandra Vasconcelos e “Da
Ciência ao Amor”, de Luís Portela. “Literatura: Profissional ou Não?” é o tema
da mesa redonda que inclui nomes como Joel Neto, Ana Cristina Leonardo, David
Machado, Jaime Oliveira Martins, Paulo Moura e Gonçalo Tavares”. O dia termina
com um espetáculo musical de “Trovas de Francisco de Lacerda” com Cláudia Pinto
(soprano) e João Lucena e Vale (pianista).
De
volta ao “Ciclo de Cinema Charles Chaplin” o domingo, 3 de novembro, arranca
com a exibição do filme “Tempos Modernos”. Pelas 18h00 os escritores Joel Neto,
Ana Cristina Leonardo, David Machado, Jaime Oliveira Martins e Paulo Moura
encontram-se para uma sessão de autógrafos. A apresentadora Luísa Castel-Branco
apresenta o livro “Nos Teus Olhos Vejo o Mundo – A Vida tal como ela é” e o fim
de semana encerra com o espetáculo de dança “Ilusion Tango” da companhia Ritmo
Azul.
A 4
de novembro os livros apresentados são “A Vida Acrescentada”, de Nuno Santos, e
“Com Navalhas e Navios” de Urbano Bettencourt. O serão musical homenageia
Sophia de Mello Breyner Andresen com o concerto “A Menina do Mar” que junta as
leituras de Judite Parreira e a Orquestra do Conservatório de Angra do Heroísmo
à batuta de Martim Sousa Tavares, neto da escritora que nasceu há 100 anos na
cidade do Porto.
Na
terça feira, 5 de novembro, o apresentador Mário Augusto apresenta o livro
“Janela Indiscreta – O que dizem as Estrelas” e a sessão do “Filme da Minha
Vida” é também da sua autoria com o filme “O Padrinho” de Francis Ford Coppola.
Luís
Osório é o protagonista da quarta feira, 6 de novembro, com a apresentação da
obra “30 portugueses, 1 país” e o momento musical é da autoria do cantautor
António Bulcão que, juntamente com os acordes ao piano de Mário Laginha, dão
vida ao espetáculo “60 anos de Vida, 45 de Canções”.
Dia 7 de novembro são
apresentadas duas obras: “Açores – Um Roteiro Interior” de Madalena San-Bento e
“Costura Comigo” de Cláudia Andrade. Também este dia termina com música pelo
“Orfeão da Praia da Vitória” pelas 21h30.
Sexta feira, 8 de
novembro, o Outono Vivo oferece também a apresentação de três obras: “Estatutos
Jurídicos dos Trabalhadores em Funções Públicas”, do líder sindical Francisco
Pimentel (SINTAP) e “Raízes de Vida – Valores, atitudes e memórias que nos
Sustentam. Respostas da Natureza às Inquietações do homem” de António Bagão
Félix e finalmente “D.Maria II – A Menina Rainha” de Isabel Stilwell.
O último fim de semana do
Outono Vivo tem uma programação ainda mais intensiva: Workshop de costura, por
Cláudia Andrade, e as apresentações das obras “Ética Aplicada”, de Maria do Céu
Patrão Neves, “Voluntariado Internacional, da Associação Meninos do Mundo,
“Petiscos do Rio e do Mar” da blogger Isabel Zibaia Rafael, e “100 Imagens,
algumas histórias” de Elisabete Jacinto. Neste sábado à noite a edição da
tertúlia Conversas às 8 tem como tema “A Influência dos Reality Shows na
Educação das Crianças” com a participação de Tatiana Ourique, Vasco Pernes e
José Eduardo Moniz. O último sábado do certame termina com um dos pontos altos
desta edição do Outono Vivo. Sara Freitas, a atriz terceirense que vive no Rio
de Janeiro, volta a casa e traz pela mão a atriz Danielle Winits com quem vai
partilhar palco numa peça intitulada “Depois do Amor – Um Encontro com Marilyn
Monroe” com direção de Marília Pêra e texto de Fernando Duarte.
10 de novembro, domingo e
último dia do XIV Outono Vivo, tem cinema com mais um filme de Charles Chaplin
“O Grande Ditador”, as apresentações dos livros “Guerra Civil Portuguesa
(1828-1834): a Batalha de 11 de Agosto de 1829 na Imprensa Internacional e a
Telegrafia Ótica na Ilha Terceira” de Víctor Alves, “O Mundo Precisa de Saber”
de Gustavo Carona”, “O Beco da Liberdade” de Laborinho Lúcio e “És meu- Disse
ela” de António Manuel Ribeiro. E porque Praia da Vitória rima com Luís Gil
Bettencourt, o músico terceirense guardou o lançamento do já anunciado CD
“Natália”, sobre Natália Correia, para a semana maior da cultura no município
praiense.
A feira do livro, com cerca de 50 mil exemplares, continua a ser,
ainda assim, o principal atrativo do Outono Vivo, e há mesmo quem espere o ano
todo para comprar livros nestes dias.